O governador do Cuanza-Sul, Job Capapinha, está de todo. Ninguém o segura quando o seu “lado lunar” dá lugar à incontinência verbal, à irresponsabilidade política e, esta por sua vez, à manifesta “matumbrocacia” nele inoculada. Recentemente Job Capapinha admitiu, descarada e insultuosamente, fazer parte de um grupo de “ratoneiros”. Não satisfeito, manifestou, também, um inusitado receio: o de ver a oposição a superar o partido em que milita na arte de rapinar o erário.
Fonte: Club-k.net
Job Capapinha “balbuciou” estas insofismáveis verdades e incontidos receios numa actividade partidária realizada recentemente no município do Ebo, província do Cuanza-Sul onde continua a fazer de conta que governa. Mas o que disse, de facto, Job Capapinha? Disse – mais palavra, menos palavra – o seguinte: “se a oposição chegar ao poder, vai ‘mexer’ mais no dinheiro público que o MPLA”. Simples assim! Capapinha insulta os angolanos por ter a certeza da sua total e absoluta impunidade. E não é a primeira vez que o faz.
A hora é esta: a de a direcção do MPLA colocar um travão entre o cérebro e a boca de Job Capapinha. É hora de o MPLA compenetrar-se, de uma vez por todas, que nem todo activista tem pergaminhos para servir os angolanos, quer seja no aparelho do Estado ou do Executivo. Doutro modo, o partido no poder vai legitimar a teoria segundo a qual o combate à corrupção e aos seus agentes sempre foi um embuste. E que o paladino da corrupção em Angola está com as vergonhas à amostra.
Job Capapinha é o porta-voz da (sua) pouca vergonhice por se preocupar que alguém supere a organização política a que pertence na arte de subjugar os cidadãos e de se abiscoitar da fazenda pública.