Recentemente, um episódio curioso e embaraçoso ganhou destaque nas redes sociais durante o julgamento dos generais angolanos Kopelipa e Dino Fragoso. De acordo com relatos de testemunhas presentes no tribunal, a juíza Anabela Valente se viu forçada a interromper o processo devido à ausência de um intérprete de mandarim, necessário para a tradução das falas de um dos réus, que é chinês.
O momento de tensão teve um desfecho ainda mais intrigante quando a juíza, aparentemente aflita, foi ouvida a sussurrar para um colega, mas com voz alta o suficiente para que todos os presentes ouvissem: “Não podemos ter atrasos destes. Temos ordens superiores para acelerar este processo.”
Essa declaração deixou todos no tribunal em choque, levando um advogado de defesa a questionar imediatamente a juíza sobre essas “ordens superiores” que, segundo ela, estavam pressionando para apressar o julgamento dos dois generais. A juíza, visivelmente desconcertada e com sinais de nervosismo, tentou contornar a situação, mas sem muito sucesso. Quando um de seus colegas tentou defender a juíza, afirmando que “na justiça também há ordens superiores”, uma gargalhada ecoou por todo o tribunal, tamanho o constrangimento causado pela confissão inadvertida.
A situação gerou um enorme embaraço, e muitos se perguntam até que ponto o julgamento de Kopelipa e Dino Fragoso está sendo influenciado por forças externas, além da própria justiça. Fica claro que, para muitos, as “ordens superiores” mencionadas pela juíza não foram apenas um deslize, mas sim um reflexo de como o processo está sendo conduzido a portas fechadas.
O episódio levanta sérias questões sobre a independência do poder judicial em Angola e o quanto as decisões no tribunal podem estar sendo manipuladas por interesses externos. Seja qual for o rumo do julgamento, é inegável que a juíza Anabela Valente ficou, hoje, no centro de um grande embaraço, evidenciando o controle de forças superiores sobre o andamento do caso.