Luanda – O Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) negou, em comunicado interno, a existência de irregularidades nos processos de concessão de crédito, na sequência de denúncias que apontam alegados casos de favorecimento dentro da instituição.
As acusações envolvem o presidente do Conselho Executivo, João Salvador Quintas, e o diretor de Créditos, José Igor de Oliveira, que teriam, segundo os denunciantes, beneficiado determinados clientes em troca de comissões, supostamente com o apoio do ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano.
No comunicado, o BDA reafirma o seu “compromisso com a legalidade, a ética e a transparência na gestão dos fundos públicos”, e apela à serenidade e união dos seus trabalhadores, classificando as informações que circulam como “infundadas e prejudiciais à imagem da instituição”.
Fontes do setor financeiro indicam que o Banco Nacional de Angola (BNA) terá remetido queixas à Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre o caso. No entanto, o porta-voz da PGR, procurador Álvaro João, não confirmou a abertura de qualquer processo relacionado.
As mesmas denúncias terão sido encaminhadas também à Inspeção-Geral da Administração do Estado (IGAE), que, segundo fontes, avalia as informações recebidas.
Entre os nomes citados nas denúncias encontra-se José Igor de Oliveira, apontado como genro do governador da província de Benguela, Manuel Nunes Júnior, e acusado de ser um dos principais articuladores do alegado esquema de favorecimento.
O jornal O Decreto procurou obter esclarecimentos junto da direção do BDA, bem como do ministro José de Lima Massano e do seu diretor de gabinete, Malamba Feitio, mas até ao fecho desta edição não obteve resposta.

