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Deputada Maria Emília nega ter redigido carta de saída da bancada da UNITA

by REDAÇÃO

A deputada Maria Emília da Silva Inácio, eleita nas listas da UNITA nas eleições gerais de 2022, rejeita a autoria da carta que solicita a sua desvinculação do grupo parlamentar do maior partido da oposição. A parlamentar afirma que o documento foi elaborado por Florêncio Canjamba, secretário-geral adjunto do PRA-JÁ Servir Angola, e não por ela.

Segundo informações obtidas de fontes próximas, Maria Emília terá sido pressionada a assinar o documento durante uma reunião com a direção do PRA-JÁ, partido do qual é militante. A parlamentar alegadamente não teve tempo suficiente para analisar o conteúdo do texto, que afirmava que ela “já não se revia no grupo parlamentar da UNITA”. O pedido de desligamento foi posteriormente enviado à Presidência da Assembleia Nacional.

A situação gerou questionamentos sobre a autenticidade e a autonomia da decisão da deputada, que agora procura apoio da liderança parlamentar da UNITA para reverter o processo. Ela expressou o desejo de continuar a integrar a bancada da UNITA, seguindo o exemplo de outros membros do PRA-JÁ como Maria Monteiro, Nuno Dala e Jorge Martins, que também se distanciaram formalmente do projeto político liderado por Abel Chivukuvuku.

Com 65 anos, Maria Emília tem uma longa trajetória política. Iniciou a militância na UNITA nos anos 1970, destacando-se como responsável pela Juventude do partido no Huambo e como locutora da Rádio Vorgan, então sediada na Jamba. Posteriormente, aderiu ao PRA-JÁ Servir Angola, sendo indicada por Chivukuvuku para integrar as listas da UNITA no círculo nacional nas últimas eleições.

Atualmente, a deputada exerce funções na 8.ª Comissão da Assembleia Nacional, responsável pelos temas da Família, Infância e Ação Social, onde atua como 1.ª Secretária. Profissional da área da saúde, trabalhou como enfermeira em várias províncias do país, além de ter prestado serviços em instituições como o Hospital Geral do Huambo, a Cruz Vermelha de Angola, e a empresa Cligest, em Luanda.

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