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Senador Republicano critica proposta de redução de tropas dos EUA na Europa

Recentemente, o senador republicano Roger Wicker, presidente da Comissão de Serviços Armados do Senado, expressou sua forte crítica contra um plano em potencial de redução do número de tropas dos Estados Unidos na Europa. Durante uma audiência com líderes militares dos EUA, Wicker alertou para o que considerou ser uma estratégia mal planejada e perigosamente errada, proposta por alguns burocratas do Departamento de Defesa. O senador não especificou exatamente a quem estava se referindo, mas enfatizou que esses funcionários de “nível intermédio” poderiam estar trabalhando para retirar as tropas dos EUA da Europa sem coordenar adequadamente com o Secretário de Defesa.

Embora o Departamento de Defesa e o Pentágono ainda não tenham confirmado oficialmente qualquer plano para reduzir a presença militar dos EUA no continente europeu, o comentário de Wicker reflete uma crescente preocupação sobre o papel dos Estados Unidos na defesa da Europa e da OTAN.

A audiência também trouxe à tona um debate crucial sobre o papel da liderança militar dos EUA dentro da OTAN. O general Christopher Cavoli, comandante do Comando Europeu dos EUA, expressou preocupação sobre um possível plano da administração Trump para transferir o comando da OTAN para outro país, o que, segundo ele, poderia criar problemas no controle das armas nucleares e nas operações militares em larga escala. Cavoli ressaltou que a presença de tropas dos EUA na Europa tem sido essencial para a estabilidade da OTAN e para a dissuasão da Rússia, especialmente após a invasão da Ucrânia.

Para Cavoli, mudar a liderança da OTAN representaria um risco para o compromisso dos EUA com a defesa coletiva, algo que é garantido pelo Artigo 5º da OTAN, onde um ataque contra um aliado é considerado um ataque a todos. Ele também destacou o aumento significativo dos investimentos dos países da OTAN em suas forças armadas desde o início do conflito na Ucrânia, um sinal de que os aliados estão reforçando sua própria capacidade de defesa.

Durante a presidência de Donald Trump, houve uma crescente pressão para que os países membros da OTAN assumissem maior responsabilidade pela sua própria defesa. Trump deixou claro que queria ver mais esforço dos aliados europeus, enquanto os EUA se concentram em desafios como a China e a segurança nas suas próprias fronteiras. Isso gerou inquietação entre os aliados, que temem que os EUA possam estar se afastando do seu compromisso histórico com a Europa e a OTAN.

Em resposta a essas preocupações, o Secretário de Estado Marco Rubio esteve recentemente em Bruxelas, tentando garantir aos aliados da OTAN que os Estados Unidos continuarão comprometidos com a aliança. No entanto, as declarações de Pete Hegseth, secretário da Defesa, em uma visita à OTAN, indicaram que os EUA poderiam reavaliar a presença de suas tropas na Europa, visando uma maior concentração no enfrentamento de ameaças vindas da China.

Atualmente, os Estados Unidos têm cerca de 100.000 tropas estacionadas na Europa, um aumento significativo desde a invasão da Ucrânia pela Rússia. Essas tropas não só auxiliam em operações de treinamento e logística, como também desempenham um papel vital na dissuasão da Rússia, especialmente no flanco oriental da OTAN. A presença militar dos EUA é vista como um fator chave para garantir a credibilidade das defesas da aliança, com os aliados europeus expressando uma grande preocupação com qualquer redução da presença ou do apoio americano.

Enquanto a administração Trump continua a insistir na necessidade de um maior envolvimento da Europa na sua própria defesa, o apoio dos EUA à OTAN e à segurança europeia permanece um tema central. O debate sobre a presença militar dos EUA na Europa provavelmente continuará a ser um ponto de tensão tanto entre aliados quanto dentro da política interna dos EUA, à medida que as realidades estratégicas globais se tornam mais complexas.