A guerra entre Israel e o Hamas, que já dura mais de 18 meses, continua a intensificar-se com novos ataques aéreos israelitas sobre a Faixa de Gaza. Pelo menos 50 pessoas, incluindo várias crianças, perderam a vida durante a noite, de acordo com as autoridades hospitalares locais. O número de vítimas pode aumentar, à medida que mais corpos são resgatados das áreas atingidas.
Os ataques israelitas, que visaram várias partes do território de Gaza, resultaram em muitas mortes, entre elas, a de cinco crianças na cidade de Khan Younis, no sul de Gaza, onde os corpos foram levados para o hospital Nasser. O hospital europeu, próximo à cidade, também recebeu os corpos de outras 19 vítimas, incluindo mais crianças e uma mulher grávida. O Hospital Ahli, na cidade de Gaza, confirmou a chegada de sete crianças entre os mortos.
Em resposta a este cenário de crescente violência, as forças armadas israelitas emitiram ordens de evacuação para os residentes de várias áreas de Gaza. O exército israelense declarou que atuará com “extrema força” nessas regiões. O objetivo de Israel é pressionar o Hamas a libertar reféns e a desarmar-se, além de abandonar o território, com a promessa de continuar a ofensiva até alcançar esses objetivos.
A situação humanitária em Gaza está se deteriorando rapidamente. Israel impôs uma paragem de um mês a todas as importações de alimentos, combustível e ajuda humanitária, o que está gerando escassez extrema e colocando a vida dos civis em risco.
Além das mortes e da escassez de recursos, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, anunciou planos para estabelecer um novo “corredor de segurança” através da Faixa de Gaza, uma medida que gerou uma onda de críticas. Este novo corredor visa isolar a cidade de Rafah, no sul de Gaza, e criar uma linha de separação entre essa região e o restante do território. A ideia foi chamada de “Corredor de Morag” e seria uma extensão de medidas de controle já em vigor, como o Corredor de Filadélfia, que separa Gaza do Egito e está sob controle israelita desde maio do ano passado.
Essa medida foi rejeitada pela Autoridade Palestiniana, liderada pela Fatah, que expressou total oposição à criação do novo corredor. Além disso, o Hamas, que controla Gaza, afirmou que só libertará os reféns em troca da liberação de prisioneiros palestinianos e da retirada das forças israelitas do território.
A guerra começou em outubro de 2023, quando o Hamas atacou o sul de Israel, matando centenas de civis e levando dezenas de reféns. Desde então, os ataques israelitas têm causado imensa devastação, com mais de 50 mil palestinianos mortos e centenas de milhares de feridos. A situação humanitária é crítica, com a população de Gaza sendo amplamente deslocada, e grande parte da região está em ruínas.
Com o agravamento do conflito, a comunidade internacional segue acompanhando de perto a evolução dos acontecimentos, com um apelo constante por um cessar-fogo e uma solução duradoura para o conflito. No entanto, até o momento, as perspectivas de paz parecem distantes, com ambos os lados mantendo suas posições firmes.