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Processo BES Angola: Ricardo Salgado e Álvaro Sobrinho começam a ser julgados em abril de 2025

Lisboa – O aguardado julgamento do processo BES Angola está finalmente agendado para começar no dia 29 de abril de 2025. O tribunal terá sessões marcadas até julho do mesmo ano, com a presença de figuras-chave envolvidas no escândalo financeiro. Além de Ricardo Salgado, ex-presidente do Banco Espírito Santo (BES), e Álvaro Sobrinho, ex-banqueiro angolano, outros altos quadros do banco também serão julgados, incluindo os ex-administradores Morais Pires, Rui Silveira e Hélder Bataglia.

Este julgamento surge após meses de investigações e espera, com a acusação formalizada em julho de 2022. Ricardo Salgado e Álvaro Sobrinho enfrentam sérias acusações no âmbito do processo BES Angola. Salgado é acusado de cinco crimes de abuso de confiança e um de burla qualificada, todos cometidos em coautoria com outros indivíduos. Por sua vez, Álvaro Sobrinho enfrenta 18 crimes de abuso de confiança agravado, dos quais cinco em coautoria, além de cinco acusações de branqueamento de capitais.

A acusação centra-se nas práticas criminosas relacionadas à concessão de financiamentos entre o BES e o Banco Espírito Santo Angola (BESA), envolvendo linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário (MMI) e descobertos bancários. Esse esquema levou, até 31 de julho de 2014, a uma exposição do BES ao BESA no montante de quase 4,8 mil milhões de euros. As vantagens obtidas pelos envolvidos nesses crimes são calculadas em mais de 5 bilhões de euros e 210 milhões de dólares, conforme a acusação do Ministério Público.

Além de Salgado e Sobrinho, outros três ex-administradores do BES — Morais Pires, Rui Silveira e Hélder Bataglia — também enfrentarão julgamento, com acusações que incluem abuso de confiança, burla e branqueamento de capitais. O desenrolar desse processo será fundamental para esclarecer os detalhes de um dos maiores escândalos financeiros envolvendo o BES e suas operações internacionais.

Enquanto o julgamento se aproxima, surge uma dúvida importante: Álvaro Sobrinho, que atualmente se encontra em Luanda, nunca deixou de atender às notificações judiciais, mas permanece sem uma data definida para retornar a Portugal. O processo BES Angola continua a ser um marco importante na história do sistema financeiro português e terá repercussões significativas para os envolvidos, que enfrentam agora o tribunal para responder pelas suas ações.