Factos apurados pelo tribunal, conducentes à decisão: – Álvaro Sobrinho é, através da Wyde Capital, o principal accionista da New Media, proprietária do NJ;
– Existe um “justo receio” de conduta de Emanuel Madaleno lesiva para os interesses do accionista, ficando estabelecido que praticou “actos indiciariamente lesivos” para a sociedade;
De acordo com o África Monitor, o dministrador da New Media desde 2013, Madaleno transferiu “de forma pouco nítida” para outras sociedades activos da New Media/Novo Jornal;
Na providência cautelar, e até decisão judicial final, Sobrinho exigia em tribunal que Madaleno fosse suspenso do cargo de administrador, afastado das sedes da New Media e NJ e impedido de criar obstáculos à gestão da empresa pelo legítimo accionista. A Wyde Capital detém 70% do capital da New Media, antes detidos pela ESCOM.
A New Media sofreu uma quebra de volume de negócios e problemas de tesouraria que punham em causa a sua viabilidade, ultrapassados com uma reestruturação financeira realizada por Álvaro Sobrinho, que envolveu injecção de liquidez e reestruturação de créditos.
Os créditos usados foram reembolsados à sociedade Ocean Private, pertencente a Sobrinho. Emanuel Madaleno é acusado de, após ter assumido os cargos na New Media e NJ, ter deixado de dar seguimento às decisões dos accionistas.
Na ficha técnica do jornal passou a constar como titular uma empresa, Tolerância, cuja estrutura accionista não inclui Emanuel Madaleno directamente, mas que Sobrinho considera estar ligada ao gestor, seu irmão.
Emanuel Madaleno terá passado a recusar também prestar contas e apresentar os títulos representativos do capital social das empresas. A decisão judicial já foi comunicada também ao ex diretor do Novo Jornal, Armindo Laureano. Na nota, é referido que a direcção será interinamente assumida pelo novo administrador, André Freire dos Reis.
Fonte: África Monitor