Angola registou a criação de mais de 1,1 milhão de postos de trabalho entre 2018 e o primeiro semestre de 2025, resultado de políticas públicas voltadas para o fortalecimento do emprego e a formalização laboral, anunciou nesta quinta-feira (30) a ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Dias.
Os dados foram divulgados durante a abertura do Seminário Estatístico Nacional, onde a ministra destacou que em 2024 o mercado de trabalho gerou 225.157 novos empregos, o que representa um crescimento de 17% face ao ano anterior.
De acordo com o Inquérito ao Emprego em Angola (IEA) 2024, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a taxa de desemprego nacional fixou-se em 31,5%, correspondendo a cerca de 5,6 milhões de pessoas sem ocupação, com maior incidência nas áreas urbanas (34,3%) do que nas zonas rurais (26,4%). No segundo trimestre de 2025, o desemprego recuou para 28,8%, mantendo a tendência de melhoria gradual.
Teresa Dias destacou ainda o reforço do setor público, que conta atualmente com 426.632 funcionários e agentes administrativos, refletindo o esforço do Executivo na regularização dos vínculos laborais e modernização da administração pública.
Entre as medidas implementadas, a ministra mencionou a atualização de categorias de 4.886 funcionários próximos da reforma, a conclusão de mandatos de 138 dirigentes e o reconhecimento de 508 servidores com mais de 11 anos de serviço.
A Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas (ENAPP) formou 34.216 funcionários públicos e agentes administrativos no último ano, consolidando a aposta na capacitação técnica e na valorização dos quadros do Estado.
Desde 2017, mais de 669 mil cidadãos receberam formação profissional, com o licenciamento de 270 centros privados de ensino técnico e a homologação de 36.990 certificados, fruto de uma parceria crescente entre o Governo e o setor privado.
No domínio da proteção social, Teresa Dias destacou o aumento da cobertura previdencial, com três milhões de segurados e 170 mil pensionistas, elevando o índice de 18,3% em 2020 para 24,5% em 2024.
A ministra considerou o avanço “um progresso notável rumo à inclusão previdencial e à formalização do emprego”, reforçando que o Governo continuará a investir em políticas de empregabilidade, capacitação e segurança social como eixos centrais da estratégia de desenvolvimento nacional.

