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Petróleo Sobe 3% com Índia a Reduzir Compras à Rússia e Pressão Crescente dos EUA e UE

by Marcelino Gimbi

Os preços do petróleo voltaram a subir esta quinta-feira, acumulando um ganho superior a 3% e refletindo a crescente tensão geopolítica em torno das sanções ocidentais à Rússia. A decisão da Índia de preparar uma redução significativa das suas compras de petróleo russo, sob pressão de Washington, impulsionou os mercados energéticos internacionais.

De acordo com os dados mais recentes, os contratos futuros do Brent aumentaram 3,4%, atingindo 64,71 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (WTI) norte-americano subiu 3,6%, para 60,59 dólares. O Brent está, neste momento, cotado em 64,73 dólares.

A tendência de valorização ganhou força após a União Europeia aprovar o 19.º pacote de sanções contra Moscovo, que inclui a proibição de importação de gás natural liquefeito (GNL), e depois de o Reino Unido sancionar as petrolíferas Rosneft e Lukoil.

“As novas sanções do presidente Trump contra as maiores petrolíferas russas visam sufocar as receitas de guerra do Kremlin, o que pode restringir o fluxo de barris russos e obrigar os compradores a procurar alternativas no mercado global”, explicou Priyanka Sachdeva, analista de mercado da Phillip Nova, à Reuters.

Logo após o anúncio das medidas norte-americanas, os contratos de Brent e WTI ganharam mais de dois dólares por barril, impulsionados também por uma queda inesperada nas reservas de petróleo dos EUA.

Índia cede à pressão de Washington

Fontes do setor energético revelaram que refinarias indianas estão prestes a reduzir drasticamente as importações de petróleo russo, uma mudança significativa num país que, nos últimos meses, se tornou o maior comprador mundial de petróleo russo com desconto, importando cerca de 1,7 milhão de barris por dia.

A Reliance Industries, principal compradora privada de petróleo russo na Índia, deverá reduzir ou até suspender as suas importações. As refinarias estatais, por sua vez, tendem a negociar através de intermediários, evitando transações diretas com empresas sancionadas como a Rosneft e a Lukoil.

Apesar da escalada nos preços, analistas consideram que esta é uma reação momentânea dos mercados.

“As novas sanções aumentam a tensão entre os EUA e a Rússia, mas o aumento do preço é sobretudo uma resposta instintiva. Até agora, as sanções não conseguiram reduzir significativamente a produção nem as receitas russas”, observou Claudio Galimberti, diretor de análise global da Rystad Energy, à Reuters.

Galimberti destacou ainda que Índia e China continuam a desempenhar um papel central nas compras de petróleo russo, sendo a resposta de Pequim ao pedido de Washington um dos principais fatores a observar nas próximas semanas.

Os mercados também monitorizam o equilíbrio de oferta da OPEP+, cujos cortes de produção têm sido determinantes na estabilização dos preços. Segundo Galimberti, “os três fatores decisivos para novembro serão o fim do atual acordo da OPEP+, o nível das reservas de petróleo da China e a evolução das guerras na Ucrânia e no Médio Oriente”.

A posição da China sobre a continuidade das suas compras de petróleo russo poderá definir o rumo do mercado no curto prazo. Caso Pequim mantenha as importações, os Estados Unidos poderão responder com novas tarifas e sanções, reacendendo as tensões comerciais globais e pressionando ainda mais os preços da energia.

Enquanto isso, os mercados aguardam o próximo movimento diplomático entre Nova Deli, Pequim e Washington — um triângulo que poderá decidir o preço do barril nas próximas semanas.

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