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Visita da Vice-Presidente à UAN decepciona comunidade acadêmica

by REDAÇÃO

O que parecia ser uma iniciativa promissora de aproximação entre o Executivo e a comunidade académica transformou-se em frustração. A visita da Vice-Presidente da República de Angola, Esperança da Costa, à Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto (FECUAN), em Luanda, deixou um rastro de descontentamento entre estudantes e docentes.

No âmbito de um programa de visitas às instituições de ensino superior em Luanda, Esperança da Costa esteve nesta quarta-feira na FECUAN. Desde as primeiras horas do dia, alunos e professores aguardavam com entusiasmo a oportunidade de partilhar ideias, expor dificuldades e estreitar relações com a liderança do país. No entanto, a visita rapidamente perdeu o seu brilho.

O protocolo da Presidência determinou o fechamento do acesso à faculdade por volta das 10h00, antes mesmo da chegada da Vice-Presidente, que só apareceu no local às 12h40, cercada por um grande número de agentes de segurança. A entrada repentina e o clima de formalidade acabaram por minar a expectativa de um encontro aberto e produtivo.

Dentro do auditório, o decano Redento Maia preparava-se para dar as boas-vindas e apresentar um panorama da instituição. Contudo, foi surpreendido com a informação de que teria apenas cinco minutos para falar — um tempo considerado insuficiente para abordar as necessidades e desafios enfrentados pela faculdade.

Mais surpreendente ainda foi a conduta da Vice-Presidente, que não chegou a cumprimentar os presentes nem a estabelecer qualquer tipo de diálogo com o público. Após uma breve passagem pelo espaço, deixou o local em menos de seis minutos.

A comunidade académica reagiu com perplexidade e tristeza. Muitos consideraram a visita meramente simbólica e sem utilidade prática. “Parecia uma cerimónia para cumprir agenda, sem o menor interesse em nos ouvir”, comentou um estudante finalista, que preferiu manter o anonimato.

A ausência de interação direta, o tempo restrito e a atmosfera excessivamente protocolar reforçaram a percepção de distanciamento entre as lideranças políticas e o ambiente universitário.

Até o momento, a Direção da FECUAN não se manifestou oficialmente sobre o ocorrido. Contudo, o episódio já provoca repercussão entre alunos e docentes, que veem na visita uma oportunidade desperdiçada de promover o diálogo e refletir sobre o papel do ensino superior no desenvolvimento do país.

A expectativa agora recai sobre um possível pronunciamento da Vice-Presidência, que possa esclarecer os motivos por trás da abordagem adotada e, quem sabe, reverter a imagem de frieza e distanciamento deixada na comunidade académica.

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