Em uma movimentação significativa nas negociações de paz, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, concordou com uma pausa de 30 dias nos ataques às infraestruturas energéticas da Ucrânia. A decisão veio após um telefonema prolongado entre o presidente russo e o presidente dos EUA, Donald Trump, centrado na busca por um cessar-fogo duradouro. A conversa, que durou mais de uma hora e meia, foi considerada positiva por fontes russas, e novos desenvolvimentos estão programados para os próximos dias.
O telefonema segue o recente acordo de cessar-fogo proposto pelos EUA, que foi aceito pelas autoridades ucranianas durante uma reunião na Arábia Saudita, mediada pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio. Além da pausa de 30 dias nos ataques às infraestruturas, os dois países anunciaram a troca de 175 prisioneiros de guerra, que ocorrerá ainda esta semana.
Putin, durante a conversa, garantiu a Trump que a Rússia não atacará mais alvos energéticos ucranianos no período acordado. A medida faz parte de uma série de esforços para reduzir as tensões e buscar uma solução pacífica para o conflito, que já dura mais de um ano. Além disso, foi anunciado que grupos de trabalho entre Washington e Moscovo serão formados para discutir os detalhes de um possível acordo final de paz.
Durante a conversa, Trump também propôs a implementação de um cessar-fogo no Mar Negro, o que foi bem recebido por Putin. A ideia é garantir a segurança na região e iniciar negociações técnicas sobre a implementação da medida, que, se bem-sucedida, poderia ajudar a aliviar ainda mais as tensões na área de conflito.
No entanto, a Rússia também levantou exigências para o fim do conflito, como o fim da mobilização forçada das forças ucranianas e a cessação do apoio militar estrangeiro à Ucrânia. Putin também questionou como o cessar-fogo poderia ser monitorado, excluindo a possibilidade de envio de tropas da OTAN para garantir a paz.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, reagiu com ceticismo à proposta, acusando Putin de prolongar deliberadamente a guerra. Ele enfatizou que qualquer pausa nos combates já poderia ter sido implementada antes, uma vez que “cada dia de guerra representa uma questão de vidas humanas”.
As negociações continuam, e o destino de regiões chave, como a central nuclear de Zaporizhzhia, permanece um ponto crítico nas discussões. A central tem sido um ponto de tensão desde a invasão russa, com preocupações internacionais sobre os riscos de um acidente nuclear devido aos combates nas proximidades.
Enquanto isso, líderes internacionais como Emmanuel Macron e Keir Starmer pressionaram Putin a demonstrar vontade real de alcançar a paz, sugerindo que um cessar-fogo genuíno seria a única maneira de garantir um futuro pacífico para a Ucrânia e a região como um todo. A comunidade internacional aguarda ansiosamente por novos desenvolvimentos nas negociações que podem finalmente levar a um acordo de paz.