CONFLITO ARMADO NA RDC
Os combates intensificam dia após – dias no leste da República do Congo (RDC), opondo as tropas de Governo do Presidente Félix Tshisekedi, e os rebeldes do M23 que a 27 de Janeiro últimos ocuparam a cidade de Goma tendo provocado até hoje mais de 2, 9 mil mortos e vários feridos em combates como refere o relatório oficial das Nações Unidas a que este Jornal teve acesso.
By : Redação Diário Independente Portugal
Em entrevista exclusiva ao DI, o político e acadêmico Carlinhos Zassala admitiu que Paul Kagame, Presidente de Ruanda, apontado para muitos políticos e analistas Africanos sobretudo, como a principal figura que acelera a guerra no leste da RDC com apoios aos rebeldes do M23, diz não tratar – se de uma verdade, mas assegurou que o conflito naquele País vizinhos é resultante de confrontos de tribos éticos que já remonta há longínquos anos entre hutus que corresponda 90% da população e tutsis apenas 9 %.
“É preciso que as pessoas investiguem bem a história ética entre os povos do Ruanda e da RDC – ex Zaire, para que possam perceber melhor a essência deste desentendimento conflituoso entre os filhos da mesma terra. Portanto, os motivos estão tão claros e à mesa, pois os hutus a maior tribo existente no Ruanda que depois foi expostos igualmente do Ruanda por confrontos tribais após a morte do Presidente Juvénal Habyarimana que pertencia à mesma etnia e igual a da RDC – ex Zaire”, esclareceu o político.
Para Carlinhos Zassala, não é taxativamente possível dizer que seja Paul Kagame, o principal actor do conflito armado na RDC e dos apoios aos rebeldes do M23, como várias entidades Africanas, sobretudo interpretem. Fez saber que o protesto dos huts surgiu depois dos incidentes que ocorram no Ruanda que resultaram na expulsão de uma parte de tribos huts” provavelmente “, para o RDC – ex Zaire, pelo depois de longos anos terão sido negado a nacionalidade por então Presidente Mobutu.
“É exactamente isso, é a fonte principal da instabilidade política entre os povos de Ruanda e da RDC ex – Zaire. Ora bem, depois da morte do então Presidente Habyarimana, que também pertencia à maioria da etnia hutus, alguns deles já não tidos na era Paul Kagame, foram forçadas a instalarem – se no Ex – Zaire onde por longos anos lhes foram negados a nacionalidade por parte do Presidente Mobutu. Em suma, este é o” alicerce” do longo conflito que até hoje não conhece o seu fim”, pontualizou Carlinhos Zassala.
Questionado sobre o papel de Angola e do Presidente João Lourenço na mediação e pacificação do conflito Ruanda e DRC, o político e acadêmico assinalou que continuará ser inútil e demorada chegar a um consenso caso o chefe estado Angolano não reunia também as partes importante do grupo M23 pelo que pode se esperar a resolução satisfacionária para o fim da guerra.
Carlinhos Zassala, que lamenta por um lado o fracasso nas negociações que têm sido desenvolvidas pelo Presidente Angolano, encoraja ainda que venha a ser uma ” balança ” equilibrada, estratégica e imparcial na resolução do conflito por objectivo de unir ideias e trazer o consenso consenso comum.
“Penso que o Presidente João Lourenço tem que ser uma” balança” inteligente, equilibrada e imparcial na mediação mas a parte fundamental é a integração dos membros do M23 nas negociações e não limitar – se apenas a Kagame e Tshisekedi “, concluiu o político.