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HomePOLÍTICAA Democracia e os novos caminhos Políticos: O que está em Jogo?

A Democracia e os novos caminhos Políticos: O que está em Jogo?

A democracia angolana tem sido um campo de batalha onde diferentes forças políticas disputam não apenas o poder, mas também a narrativa sobre quem realmente defende a liberdade e o pluralismo. Por quase cinco décadas, a oposição ao regime do MPLA se consolidou como a principal voz da resistência, lutando contra um sistema que mantém suas engrenagens de controle sobre as instituições do Estado. No entanto, quando novos atores políticos emergem, a tolerância política dentro da própria oposição é colocada à prova.

By: Poeta UKwanana

O surgimento de novas lideranças como Abel Chivukuvuku, do Pra-Já Servir Angola, e Luís de Castro, do Partido Liberal, deveria ser visto como um avanço na democratização do país. Afinal, a democracia não se limita a uma luta binária entre MPLA e UNITA. Ela se fortalece na pluralidade de ideias, na existência de diferentes propostas políticas e na possibilidade de que o povo tenha opções reais de escolha.

Mas o que se observa? Milícias digitais, intolerância e tentativas de silenciar quem ousa pensar diferente. É inaceitável que figuras que há décadas se apresentam como alternativas ao regime agora adotem práticas que condenavam no passado. Se a UNITA deseja ser vista como uma real alternativa de poder, deve afastar-se imediatamente dessas práticas e repudiar qualquer ataque contra outros líderes da oposição. O debate democrático exige respeito pela divergência e não a repetição das mesmas táticas autoritárias que tanto criticamos.

A juventude, que carrega a responsabilidade de construir o futuro de Angola, não pode herdar os inimigos do passado. Precisamos de união e coerência. Se a UNITA permitir que grupos internos se dediquem a atacar adversários dentro da própria oposição, estará, na prática, adiando a alternância política que o povo tanto deseja.

A luta contra o MPLA não pode ser apenas pelo poder, mas sim pela construção de um país democrático e inclusivo. Se a UNITA quer ser a protagonista dessa mudança, precisa demonstrar maturidade política e entender que a verdadeira liberdade não se impõe, se pratica!

Não há legítimo sucessor.