Become a member

Get the best offers and updates relating to Liberty Case News.

― Advertisement ―

spot_img
HomeECONOMIATrump, tarifas e guerras comerciais: Quem são os principais parceiros comerciais dos...

Trump, tarifas e guerras comerciais: Quem são os principais parceiros comerciais dos EUA?

Quando Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos, uma das promessas centrais de sua campanha foi o slogan “Make America Great Again”, com a ideia de fortalecer a economia dos EUA e priorizar os interesses nacionais. Com isso, o foco em uma política comercial protecionista começou a tomar forma, o que inclui a imposição de tarifas sobre produtos estrangeiros e a revisão de acordos comerciais internacionais.

Durante a campanha, Trump destacou o uso de tarifas como uma estratégia para incentivar a indústria americana e proteger empregos no país. Ele chegou a declarar que “tarifa” era “a palavra mais bonita do dicionário”, reforçando seu compromisso com a política de “América em primeiro lugar”. No entanto, como essa abordagem afeta as relações comerciais internacionais e quem são os principais parceiros comerciais dos EUA? Vamos dar uma olhada mais de perto.

De acordo com os dados mais recentes, o México foi o maior parceiro comercial dos Estados Unidos no ano anterior, com um valor de comércio de 776 bilhões de euros, representando cerca de 15,9% do comércio total dos EUA. O Canadá ocupa o segundo lugar, com 14,3% do comércio, seguido pela China (10,9%) e pela Alemanha (4,4%).

Embora a troca de bens entre os países envolva tanto exportações quanto importações, os Estados Unidos apresentam um déficit comercial com muitos desses parceiros. Por exemplo, os EUA importaram do México bens no valor de 466,6 bilhões de euros, enquanto exportaram apenas 309,4 bilhões de euros. Isso resulta em um déficit comercial com o México. O mesmo padrão é observado com o Canadá e a China, onde os EUA compram mais do que vendem.

Há também casos em que os EUA têm um superávit comercial, como no caso dos Países Baixos. De acordo com o governo neerlandês, as relações comerciais entre os dois países apoiaram cerca de 1 milhão de empregos americanos em 2023. No entanto, os dados podem variar dependendo da perspectiva. Por exemplo, o Reino Unido tem registrado um superávit comercial com os EUA em relação a bens e serviços, enquanto os números do Escritório de Análise Econômica dos EUA sugerem que os EUA exportam mais para o Reino Unido do que importam.

Essas variações nos dados podem ocorrer devido a diferentes formas de contabilização, mas o fato é que as relações comerciais dos EUA com esses países continuam a ser cruciais para sua economia.

Trump, conhecido por sua postura agressiva em relação ao comércio internacional, afirmou que as tarifas são uma maneira de proteger os trabalhadores e empresas americanos da “concorrência desleal” de outros países. O presidente alegou que, com a imposição de tarifas, ele garantiria que mais empresas se estabelecessem nos Estados Unidos, promovendo a criação de empregos e o crescimento econômico.

Recentemente, o presidente dos EUA anunciou uma série de tarifas sobre produtos provenientes de países como Canadá e China. Embora tenha retirado temporariamente a ameaça de tarifas sobre o México, o impacto das tarifas continua a ser uma grande preocupação. Trump disse que as tarifas são uma forma de corrigir o que ele considera um desequilíbrio comercial, afirmando que outros países não compram produtos americanos de maneira justa, especialmente no setor automotivo e agrícola.

Embora as tarifas possam inicialmente parecer uma vitória para as empresas americanas, especialistas alertam para possíveis efeitos colaterais. O aumento das tarifas sobre os produtos importados pode resultar em um aumento de preços para os consumidores americanos, já que as empresas podem transferir o custo adicional para os consumidores finais. Isso pode afetar a inflação e até gerar aumento nas taxas de juros se a Reserva Federal decidir intervir para controlar a economia.

Além disso, as tarifas podem impactar negativamente as exportações dos EUA, pois produtos americanos podem se tornar mais caros e menos competitivos no mercado internacional. Isso pode agravar os déficits comerciais, já que os consumidores estrangeiros teriam que pagar mais por bens dos EUA.

O impacto das tarifas de Trump não se limita apenas aos EUA. A Europa, por exemplo, pode sentir os efeitos, especialmente se as tarifas sobre a União Europeia forem implementadas. Como destaca Julian Hinz, economista do Instituto de Kiel, as tarifas podem causar perturbações nas cadeias de fornecimento e aumento nos preços, mas, em alguns casos, algumas empresas europeias poderiam até se beneficiar da situação, caso produtos do México ou do Canadá fiquem mais caros devido às tarifas.

Se a ameaça de tarifas sobre a União Europeia se concretizar, a dinâmica do comércio global pode sofrer mudanças significativas. A política de tarifas de Trump certamente continuará a ser um tema central nas discussões sobre o comércio internacional, com implicações tanto para os EUA quanto para seus parceiros comerciais.

A abordagem de Donald Trump para o comércio internacional é marcada por um desejo de proteger a indústria e os empregos americanos, mas seus efeitos a longo prazo podem ser mais complexos do que parecem. Enquanto alguns setores podem se beneficiar, outros podem enfrentar custos mais altos, aumento da inflação e uma possível desaceleração econômica. O comércio global está em constante evolução, e as medidas de Trump terão um impacto duradouro nas relações comerciais dos EUA com seus principais parceiros.