Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, anunciou recentemente a nomeação do tenente-general reformado Keith Kellogg para o cargo de assistente do presidente e enviado especial para a Ucrânia e a Rússia. Kellogg, um veterano militar e ex-conselheiro de segurança nacional do vice-presidente Mike Pence, tem sido uma figura chave nas questões de defesa de Trump, e sua nomeação reflete a importância estratégica que a guerra na Ucrânia e as relações com a Rússia terão no futuro governo republicano.
A nomeação de Kellogg foi feita através das redes sociais, com Trump destacando sua longa parceria com o general. “Ele esteve comigo desde o início! Juntos, vamos garantir a paz através da força e tornar a América e o mundo novamente seguros!” escreveu Trump no Truth Social, sua plataforma de mídia social.
A nomeação de Kellogg surge em um momento crítico, com a invasão russa da Ucrânia prestes a entrar no seu terceiro ano. A administração Biden, durante seu mandato, tem fornecido um apoio substancial à Ucrânia, incluindo bilhões de dólares em ajuda militar e humanitária, além de perdão de dívidas. Esse apoio tem sido alvo de críticas por parte de Trump, que questiona o uso de tantos recursos dos EUA no conflito.
Trump, por sua vez, afirmou que, se fosse presidente, poderia resolver o conflito em 24 horas, sugerindo que isso envolveria pressionar a Ucrânia a ceder território atualmente ocupado pelas forças russas. A postura de Trump em relação à guerra tem sido clara: ele acredita que uma abordagem mais direta e focada nos interesses da América (“America First”) é necessária para encerrar as hostilidades e alcançar um acordo de paz.
Keith Kellogg, em seus escritos para o America First Policy Institute, um grupo de reflexão formado após a presidência de Trump, também compartilhou sua visão sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Em abril, ele afirmou que um “acordo de paz” era essencial para pôr fim à guerra e que a liderança forte dos EUA seria fundamental para alcançar esse objetivo. Kellogg destacou a importância de uma abordagem focada nos interesses americanos, propondo que os Estados Unidos assumam uma postura mais assertiva nas negociações de paz para garantir uma resolução rápida e eficaz do conflito.
A nomeação de Kellogg como enviado especial sinaliza a intenção de Trump de adotar uma abordagem mais pragmática e centrada nos interesses dos Estados Unidos, o que, em sua visão, poderia colocar um fim imediato à guerra entre Rússia e Ucrânia.
Com a nomeação de Keith Kellogg, Trump reforça seu compromisso com a ideia de uma política externa mais assertiva e voltada para os interesses americanos. A nomeação de um general experiente e estrategista militar como enviado especial para a Ucrânia e a Rússia indica que a administração republicana pode buscar uma postura mais rígida nas negociações de paz, com um foco mais forte em proteger os interesses dos EUA em vez de se envolver profundamente no apoio à Ucrânia.
A guerra entre a Rússia e a Ucrânia continua sendo uma das questões mais complexas e decisivas na política mundial. O papel de Keith Kellogg e a direção que a administração Trump tomará em relação ao conflito irão moldar, sem dúvida, a política externa dos EUA nos próximos anos, e a comunidade internacional observará de perto as decisões que serão tomadas.