Lisboa – Fernando Valente, empresário da Murtosa acusado de envolvimento no homicídio de Mónica Silva, enfrenta um novo desdobramento em seu caso. Os pais do suspeito, Manuel Valente e Rosa Cruz, contradisseram parte do depoimento prestado pelo filho sobre o encontro com Mónica, ocorrido em janeiro de 2023, em Ovar.
Em seu depoimento, Fernando Valente afirmou que o único encontro sexual que teve com Mónica Silva aconteceu em seu próprio carro. No entanto, seus pais relataram à Polícia Judiciária de Aveiro que o encontro ocorreu no veículo pertencente à vítima. Essa discrepância nos depoimentos levanta questionamentos sobre a veracidade das informações apresentadas pelo acusado.
Fernando Valente está sob prisão domiciliária em Gaia, aguardando o início do julgamento. Ele foi formalmente acusado pelo Ministério Público de Estarreja pelos crimes de homicídio qualificado, aborto agravado, ocultação e profanação de cadáver, acesso ilegítimo a dados e aquisição de nota falsa para circulação.
O caso ganhou notoriedade não apenas pela gravidade das acusações, mas também pelas circunstâncias envolvendo o desaparecimento de Mónica Silva, grávida na época do crime.
Outro elemento que chama atenção é o pedido de uma prostituta envolvida com Fernando Valente para ser reconhecida como testemunha protegida. Essa solicitação reforça a complexidade do caso, envolvendo múltiplas narrativas e testemunhos que podem influenciar o julgamento.
O caso de Fernando Valente segue em investigação, com foco nos depoimentos contraditórios e novas evidências que possam surgir. O desenrolar do processo promete trazer mais detalhes sobre o crime que chocou a Murtosa, destacando a importância de apurar os fatos para garantir a justiça tanto para a vítima quanto para sua família.
À medida que o julgamento se aproxima, as contradições e novos elementos do caso serão determinantes para o veredicto final.