Recentemente, um grupo de ex-funcionários do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado (SINSE) e reformados do Porto de Luanda levantou graves acusações contra a administração da instituição. Por meio de uma carta aberta, esses profissionais expuseram uma série de alegadas irregularidades que, segundo eles, estariam comprometendo a gestão do porto e a segurança da operação.
A principal denúncia recai sobre o administrador executivo do Porto de Luanda, Aníbal António Vuma, nomeado em 2020. Segundo os denunciantes, Vuma teria promovido nepotismo ao nomear parentes próximos para posições de destaque dentro da instituição. Cezaldino Kassuanga e Eduardo Samba, ambos ligados ao SINSE e sem experiência prévia em segurança portuária, teriam assumido cargos de relevância. Kassuanga foi nomeado diretor do Gabinete de Estratégia Empresarial, enquanto Samba assumiu a diretoria de Segurança e Meio Ambiente.
Os ex-funcionários argumentam que tais nomeações são um claro exemplo de favorecimento familiar e questionam a competência dos nomeados para lidar com os desafios das suas funções.
Além das acusações de nepotismo, os antigos trabalhadores do porto destacam a deterioração da segurança e o agravamento do ambiente de trabalho sob a gestão de Vuma. De acordo com o grupo, a segurança no Porto de Luanda se tornou ineficaz, desorganizada e distante dos padrões éticos anteriormente mantidos. O clima interno também foi descrito como sendo de medo, pânico e assédio, tanto moral quanto sexual.
A carta também menciona que Vuma e seus aliados têm utilizado o nome do General Fernando Miala, uma figura de destaque no sistema de segurança angolano, para intimidar funcionários e impor autoridade. Segundo os denunciantes, o administrador executivo do porto alega ter o apoio do general, o que teria gerado uma postura autoritária no ambiente de trabalho.
Os ex-funcionários afirmam que, se medidas urgentes não forem tomadas, estarão prontos para divulgar uma lista mais extensa de familiares e amigos de Vuma que foram colocados em cargos estratégicos no Porto de Luanda. Eles alertam que a situação tem comprometido a segurança e a eficiência da instituição, exigindo uma resposta rápida por parte das autoridades.
Antes de assumir a posição no Porto de Luanda, Vuma ocupava o cargo de diretor da Brigada Contra a Fraude na Administração Geral Tributária (AGT), onde, segundo os denunciantes, também teria falhado na gestão de segurança e no combate à fraude.
A carta finaliza com um apelo às autoridades angolanas, incluindo o Presidente da República, o Procurador-Geral da República e outras figuras importantes do Estado. O grupo pede uma reavaliação urgente das nomeações e a implementação de medidas corretivas para restaurar a ordem no Porto de Luanda, um dos principais pilares da economia do país.
Essas denúncias levantam sérios questionamentos sobre a gestão do porto e a influência de práticas de nepotismo em uma instituição de tamanha importância estratégica para Angola. Resta saber como as autoridades reagirão e se serão tomadas as medidas necessárias para resolver os problemas apontados.
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