O exército russo lançou nesta manhã uma ofensiva terrestre contra a região de Kharkiv, no nordeste do país, Moscovo referindo pretender criar uma “zona de segurança” para impedir bombardeamentos a partir daquela zona contra o seu território.
“Por volta das 5 da manhã, o inimigo tentou romper as nossas linhas de defesa com veículos blindados”, indicaram as autoridades ucranianas garantido, contudo, que esses ataques foram “repelidos”, mas que “combates de várias intensidades” continuam e que “unidades de reserva” foram destacadas para “reforçar a defesa” da área.
De acordo com o governador regional, um civil morreu e outros cinco foram feridos em Vovtchansk, nas imediações de Kharkiv, durante estes ataques que terão igualmente provocado a morte de um civil na localidade de Cherkaski Tychky, ao norte de Kharkiv.
Ao referir que continua ainda uma “batalha feroz” naquela zona, o Presidente Volodymyr Zelensky assegurou que o seu estado-maior “tinha sido informado” e que “tinha respondido ao inimigo com fogo”.
Ao evocar esta ofensiva, Moscovo referiu pretender criar uma “zona de segurança” para impedir a Ucrânia de bombardear a região fronteiriça russa de Belgorod a partir de Kharkiv. Com efeito, nestes últimos meses, têm-se multiplicado os bombardeamentos a partir daquela zona contra a vizinha Rússia.
A administração local de Kharkiv refere ter ordenado a evacuação dos cerca de 3 mil habitantes da região, devido aos “bombardeamentos massivos”.
Desde a retirada das tropas do Kremlin de quase toda aquela região, ela não tinha tornado a ser alvo de ataques deste género, devido à contra-ofensiva ucraniana no outono de 2022. A zona de Kharkiv, continua, porém, a ser um objectivo importante para Moscovo.
Noutro aspecto, de referir que o Presidente Zelensky demitiu ontem o chefe da sua segurança pessoal, dois dias depois de as autoridades ucranianas anunciarem ter impedido a execução de uma conspiração russa visando assassiná-lo.