Em Luanda, o encurtamento frequente de rotas por taxistas causa insatisfação entre os usuários devido aos custos adicionais e à necessidade de múltiplos táxis para chegar aos destinos.
DW
Os moradores de Luanda já estão acostumados com os “gritos” dos cobradores a chamar os passageiros para o serviço de táxi na capital angolana.
Os também chamados “lotadores” ou gerentes, são responsáveis por atrair passageiros para os táxis, conhecidos localmente como “candongueiros”.
Esses veículos tornaram-se uma alternativa essencial devido à escassez de transporte público, especialmente em horários de pico pela manhã e no início da noite.
Mas o encurtamento frequente de rotas pelos taxistas tem causado insatisfação entre os usuários devido aos custos adicionais.
Avelino Eduardo, um cobrador de Luanda, justifica a alteração pela alta demanda e congestionamento nas paradas de táxi:
“Aquilo é decidido por nós dois. Quando vemos que a aparagem está cheia, a intenção é encurtar por causa do movimento da paragem. No período da manhã, as paragens ficam muito cheias e também há muito engarrafamento”.
Usuários insatisfeitos
No entanto, isso acarreta sérios transtornos para os cidadãos. Octávio dos Santos, um dos afetados, lamenta que, em vez de pagar 300 kwanzas por dois táxis em condições normais, agora gasta até mil kwanzas para completar sua jornada devido à necessidade de pegar três ou quatro táxis.
“Só fazem linhas curtas e dificultam porque não há necessidade, uma vez que as rotas já estão definidas. Mas somos submetidos a apanhar três a quatro táxis para chegar ao local de trabalho,” lamenta.