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Cidadão tenta suicidar-se por cobrança de pensão de alimento

Quando se separou da esposa, há oito anos, os cinco filhos ficaram entregues a sua sorte, com o progenitor a recusar-se a prestar assistência alimentar, mas agora, se vê pressionado a cumprir essa obrigação.

 

AUGUSTO CARLOS, 48 anos, encontra-se em fase de recuperação em casa, no bairro Malanjinho, município do Kilamba Kiaxi, de uma lesão no estômago, causada pelo excesso de lixívia que consumir na tentativa de pôr fim à própria vida, na sequência da cobrança da pensão de alimentos por parte dos filhos que abandonou, há oito anos, quando se separou da esposa.

A tentativa de suicídio ocorreu, numa tarde de domingo, quando Augusto Carlos convidou os cinco filhos, com idades entre os 12 e 27 anos, para um ambiente de confraternização com a actual esposa, os sobrinhos e os irmãos.

De acordo com relatos de um dos presentes, o ambiente familiar corria muito bem e de maneira descontraída, quando, por volta das 17 horas, altura em que a maioria se preparava para a abandonar o local, os filhos decidiram manifestar a insatisfação pelo não cumprimento das obrigações do pai.

Mariana, Sandra e Gerson, os filhos mais velhos, questionaram Augusto Carlos, perante os tios, sobre as razões do não pagamento da pensão alimentar, ameaçando que caso continuasse a não cumprir com essa obrigação, levaram o caso a tribunal.

Mariana Carlos, 27 anos, avançou que não recebem apoio do pai desde que este se separou da mãe, e que nessa fase foram acolhidos pela família materna.

“Casei-me há um ano. No momento da preparação do casamento, bati à porta do meu pai a informá-lo e a solicitar apoio. Enviei o convite, mas, até o dia do casamento, não fez chegar a sua contribuição. No dia do pedido, apareceu com os meus tios e levaram a maioria das coisas. Criaram-me despesas no casamento, porque decidiram levar três cubas de comidas, da senhora que decorou, avaliadas em 90 mil kwanzas, cada”, contou.

A dívida contraída pela família do pai está, neste momento, a ser liquidada pelo esposo da filha recém casada. Mariana Carlos diz que o pai alega que tem prestado assistência eque já comprou terreno para, posteriormente, construir uma residência para os filhos, mas isso não corresponde à verdade.

Dois dias depois de conversar com os filhos, Augusto Carlos, agente da Polícia Nacional, há 16 anos, tentou suicídio, tomando uma grande quantidade de lixívia.

“Não sabia como gerir a situação provocada pela pressão dos filhos. Sem escapatória, entrou na casa de banho, onde a esposa guarda os produtos de higiene, abriu o bidon de lixívia e bebeu uma quantidade considerável que lhe provocou desmaio”, contou aos familiares a filha de 8 anos, da nova relação.

A menor disse que quando entrou no quarto de banho, encontrou o pai estendido, pelo que clamou por socorro dos vizinhos que, de imediato o transportaram para o Hospital Geral da Camama, onde foi atendido pela equipa médica em serviço, que, segundo a filha mais velha, lhe terá feito uma lavagem ao estômago, tendo, contudo, permanecido em observação durante cinco dias.

“Os familiares do pai consideram legítimo o pedido de prestação de pen-são de alimento e prometem conversar com o irmão assim que recuperar do incidente, disse Mariana Carlos”.

A repórter do Metropolitano tentou ouvir o “suposto suicida”, mas este recusou-se a prestar qualquer declaração, porém de nossa parte, fica a promessa de continuarmos a acompanhar este caso.