O Zimbabué declarou hoje, 03/04, o estado de calamidade devido à seca, causada pelo fenómeno El Niño. Por causa disso, mais de 80% do país “registou uma precipitação abaixo do normal”, declarou o Presidente Emmerson Mnangagwa, num discurso em que apelou à ajuda internacional.
O país necessita de dois mil milhões de dólares (1,85 mil milhões de euros) em assistência humanitária, segundo o chefe de Estado. A declaração já era esperada, na sequência de ações semelhantes assumidas pelos países vizinhos Zâmbia e Malaui, onde a seca ligada ao fenómeno meteorológico El Niño tem devastado as colheitas, deixando milhões de pessoas a necessitar de ajuda alimentar.
A prioridade do Zimbabué é “garantir alimentos para todos”, afirmou Mnangagwa. “Nenhum zimbabuense pode sucumbir ou morrer de fome”, acrescentou, apelando às agências das Nações Unidas, às empresas locais e às organizações religiosas para que contribuam para a ajuda humanitária.
O país, outrora uma potência agrícola regional e exportadora de cereais, tem dependido cada vez mais, nos últimos anos, das agências de ajuda humanitária para evitar a fome em massa, devido a condições meteorológicas extremas, como ondas de calor e inundações.