António Moisés, ex-presidente da direção do clube desportivo Primeiro de Maio de Benguela e ativista conhecido da JMPLA, está a enfrentar sérias questões judiciais relacionadas à alegada falsificação de suas qualificações acadêmicas. Embora as investigações estejam em curso há algum tempo, apenas agora ele está a ser confrontado com medidas restritivas, incluindo a proibição de deixar o país.
Segundo fontes do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Moisés comparece regularmente perante a justiça como parte das diligências em curso. A sua presença é considerada uma espécie de “prova de vida” perante as autoridades.
O ex-dirigente desportivo, que afirma ser jornalista, está sob escrutínio devido à sua qualificação acadêmica. O mesmo frequentou o ensino superior sem ter concluído o ensino médio, obtendo de maneira fraudulenta um certificado de conclusão do ensino médio, que foi utilizado para ingressar no ensino superior.
Embora as instituições de ensino envolvidas não tenham sido reveladas devido ao andamento do processo criminal, não está descartada a possibilidade de Moisés enfrentar um julgamento. Por enquanto, no entanto, ele está sujeito a medidas restritivas que o impedem de viajar para o exterior, tornando-o um “cliente” regular do SIC.
Moisés é conhecido por suas frequentes críticas à gestão das administrações de Benguela e da Catumbela nas redes sociais. Apesar de ter participado em conferências de imprensa da UNITA durante a gestão do malogrado Victorino Nhany, ex-secretário provincial do partido, Moisés nunca publicou qualquer matéria jornalística.
Segundo fontes da UNITA e da classe jornalística local, as gravações de Moisés, feitas com equipamentos audiovisuais de boa qualidade, eram supostamente destinadas ao MPLA, partido do qual é militante.
João Pedro Calete
Fonte: Club-k.net