Gitanas Nauseda, presidente da Lituânia, estabeleceu um paralelo histórico entre Adolf Hitler e o líder russo Vladimir Putin. “Assim como a Checoslováquia não satisfez Hitler, a Ucrânia não satisfaz Putin”, garantiu o chefe de Estado, esta quarta-feira, durante o Fórum de Defesa e Estratégia de Paris, garantindo que nenhum estado europeu está seguro neste momento. “A Rússia não vai parar. Só pode ser parada”, acrescentou.
Recorde-se que em 1938 Hitler anexou parte da Checoslováquia à Alemanha, dando expressão às suas ambições militares, que culminaram com a II Guerra Mundial. Já Putin trava guerra contra a Ucrânia desde 2014, anexando ilegalmente a Crimeia e depois a tentar capturar vastas extensões de território ucraniano desde 2022.
De acordo com o presidente lituano, seria um “erro fundamental” acreditar que Moscovo pode ser “apaziguado” através da concessão de território. E não está sozinho nos avisos: altos responsáveis de países ocidentais têm feito soar o alarme sobre as ambições imperialistas de Putin, que temem que possam estender-se para além da Ucrânia.
Nauseda instou os líderes a levarem a sério a ameaça da expansão russa e “pararem de traçar limites para nós mesmos”, elogiando as observações polémicas do presidente francês, Emmanuel Macron, de que não seria de descartar a presença de tropas ocidentais na Ucrânia.
“Juntos somos fortes – a economia combinada dos países ocidentais é mais de 20 vezes maior que a da Rússia”, disse Nauseda, lembrando que o Ocidente deve continuar a fornecer armamento a Kiev.