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Crise Humanitária em Gaza: Pressão Internacional Sobre Israel Aumenta

by REDAÇÃO

A  cidade de Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, voltou a ser cenário de deslocamentos forçados, com centenas de palestinianos fugindo da região devido à ofensiva militar contínua de Israel. A escalada do conflito reacendeu críticas de diversos países aliados de Tel Aviv, que agora exigem medidas imediatas para conter a crise humanitária.

Três das nações que historicamente apoiam Israel — Reino Unido, França e Canadá — emitiram uma declaração conjunta condenando a intensificação da ofensiva militar em Gaza. Os governos desses países apelaram para que Israel suspenda as operações e reabra os canais de entrada para ajuda humanitária urgente.

Na declaração, os líderes alertaram que as condições de vida em Gaza atingiram níveis “intoleráveis” e destacaram a urgência de permitir assistência à população civil, cuja sobrevivência depende, em grande parte, do auxílio externo.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel pretende “assumir o controlo total” da Faixa de Gaza, uma afirmação vista pelos aliados como um grave agravamento do conflito. Em resposta às críticas, Netanyahu afirmou que não cessará a operação antes de alcançar a “vitória total” sobre o Hamas.

Apesar da resistência interna, inclusive de membros mais radicais do seu gabinete, Netanyahu autorizou a entrada de uma quantidade limitada de alimentos na região — a primeira remessa após quase três meses de bloqueio. Segundo ele, a decisão foi motivada pela pressão de aliados internacionais, embora os mesmos considerem a medida “claramente insuficiente”.

Os governos de França, Reino Unido e Canadá expressaram preocupação com possíveis violações do Direito Internacional Humanitário, apontando que a obstrução contínua à ajuda humanitária essencial pode configurar crime contra civis. Eles prometeram “ações concretas” caso a situação não mude imediatamente.

Além de exigirem a reabertura completa da passagem para ajuda humanitária, os três países reiteraram apoio a um cessar-fogo imediato e à chamada “solução de dois Estados”, que prevê a convivência de um Estado palestiniano ao lado de Israel. Também se posicionaram contra a expansão dos assentamentos israelitas na Cisjordânia, classificados como ilegais pelo direito internacional.

Em uma iniciativa paralela, representantes de mais de 20 países — incluindo Alemanha, Itália e Japão — enviaram uma carta oficial apelando para que Israel libere por completo a entrega de ajuda humanitária coordenada por agências das Nações Unidas e ONGs internacionais.

Logo após a visita do presidente dos EUA, Donald Trump, à região (que não incluiu paragem em Israel), Israel iniciou uma nova fase de ataques terrestres e aéreos. De acordo com autoridades de saúde de Gaza, centenas de pessoas morreram nos bombardeamentos recentes. No entanto, os dados não distinguem civis de combatentes.

A situação no território palestiniano continua a se deteriorar, enquanto a comunidade internacional aumenta a pressão diplomática para pôr fim aos combates e aliviar o sofrimento da população local.

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