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Isabel dos Santos diz que Estado angolano tentou retirar-lhe a guarda dos filhos

by Marcelino Gimbi

Luanda — A empresária angolana Isabel dos Santos afirmou que o Estado angolano apresentou, há vários anos, um pedido judicial para lhe retirar a guarda dos filhos, alegando que Angola deixou de ser um país seguro para si e para a sua família. A declaração foi feita durante uma entrevista à Rádio Essencial.

Filha do antigo Presidente José Eduardo dos Santos, já falecido, Isabel dos Santos afirmou que gostaria de regressar ao país para contribuir para o desenvolvimento económico, criar empregos e continuar os seus projetos empresariais. No entanto, diz sentir-se ameaçada:
“Quando tenho um Estado que ataca os meus filhos e tenta retirar-me a guarda das minhas crianças, tenho de esperar e lutar para mostrar estas injustiças.”

A empresária, mãe de quatro filhos do casamento com Sindika Dokolo — falecido em 2020 num acidente de mergulho — enfrenta vários processos judiciais em Angola. Na entrevista, reiterou que é alvo de “perseguição política”, mencionando que as suas contas bancárias estão bloqueadas, que não possui documentos válidos e que está impedida de viajar.

Isabel dos Santos considerou ainda que o julgamento que enfrenta em Angola pode “descredibilizar o poder executivo” e sugeriu que o processo pode funcionar como “uma manobra política” numa altura em que se aproxima o Congresso do MPLA, em 2026, e as eleições gerais de 2027.

A entrevista surge dias depois de ter sido divulgado que o Tribunal Supremo retirou quatro dos crimes inicialmente imputados no processo relativo à sua gestão da Sonangol entre 2016 e 2017. O despacho de pronúncia excluiu os crimes de associação criminosa e abuso de poder, além de declarar prescritas as acusações de falsificação de documentos e fraude fiscal simples.

Apesar disso, Isabel dos Santos continua pronunciada por sete crimes, incluindo peculato, burla qualificada, participação económica em negócio, tráfico de influência, fraude fiscal qualificada e dois crimes de branqueamento de capitais. O processo segue agora para julgamento, estando ainda pendente um recurso.

Na semana passada, a empresária acusou a justiça angolana de ignorar provas e testemunhas apresentadas na fase de instrução e afirmou que o Tribunal Supremo tem “uma sentença pré-determinada”.

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