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Eleições Autárquicas: PSD celebra vitória, PS e Chega enfrentam desilusões

by Marcelino Gimbi

As eleições autárquicas de 2025 redefiniram o mapa político português, deixando Luís Montenegro e o PSD como grandes vencedores da noite, enquanto o PS, liderado por José Luís Carneiro, e o Chega, de André Ventura, enfrentaram resultados aquém das expectativas.

Num ato eleitoral que envolveu a escolha de 308 presidentes de câmara, 2.058 vereadores, 6.463 deputados municipais e 3.259 presidentes de junta, o voto dos portugueses traduziu-se em ganhos expressivos para os sociais-democratas e perdas significativas para os socialistas e comunistas.

O primeiro-ministro saiu reforçado destas eleições. O PSD conquistou mais câmaras e freguesias do que o PS, garantindo o comando da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e da ANAFRE. Em Lisboa e no Porto, os sociais-democratas quebraram empates técnicos e asseguraram vitórias decisivas. “O PSD obteve uma vitória histórica nos cinco maiores concelhos do país”, afirmou Montenegro, sublinhando que o partido é agora “a maior força no poder local, regional e na Assembleia da República”.

Carlos Moedas (PSD/CDS-PP/IL)
Em Lisboa, Carlos Moedas confirmou a reeleição e manteve-se à frente da Câmara Municipal, apesar de não ter conquistado a maioria absoluta. Com oito vereadores, um a mais que no mandato anterior, o autarca prometeu continuar a resolver problemas estruturais da capital, como a habitação e a higiene urbana, pedindo “responsabilidade” à oposição para colocar Lisboa acima dos interesses partidários.

Pedro Duarte (PSD/CDS-PP/IL)
No Porto, o social-democrata Pedro Duarte venceu uma das disputas mais equilibradas da noite, superando Manuel Pizarro (PS) por apenas 2.008 votos. Com igual número de vereadores para PSD e PS, e a entrada do Chega na vereação, o novo autarca terá de construir pontes políticas para governar.

Luís Filipe Menezes (PSD/CDS-PP/IL)
Em Vila Nova de Gaia, Menezes marcou um regresso vitorioso à política local, derrotando os socialistas, mas sem atingir a maioria absoluta. Ficou com cinco vereadores, o mesmo número do PS.

Ana Abrunhosa (PS)
Uma das poucas vitórias expressivas dos socialistas. A ex-ministra da Coesão Territorial reconquistou Coimbra para o PS, derrotando José Manuel Silva, que liderava a coligação “Juntos Somos Coimbra”. Abrunhosa prometeu “ouvir os trabalhadores” e reorganizar a estrutura interna da autarquia.

Nuno Melo (CDS-PP)
O ministro da Defesa e líder centrista celebrou uma “noite feliz” para o CDS, que manteve as seis câmaras conquistadas nas autárquicas anteriores e ganhou mais uma, em Mêda, em coligação com o PSD. Para Melo, o partido entra “num novo ciclo de crescimento”.


Derrotados

José Luís Carneiro (PS)
O secretário-geral do PS admitiu a derrota logo após a meia-noite, reconhecendo que o partido ficou atrás do PSD em número de câmaras e freguesias. Apesar de ter tentado apresentar o resultado como uma “prova de vitalidade”, os socialistas falharam os principais objetivos — recuperar Lisboa e conquistar o Porto.

Alexandra Leitão (PS/BE/Livre/PAN)
A candidata da coligação de esquerda em Lisboa não conseguiu devolver a capital aos socialistas. Obteve 33,95% dos votos, contra 41,69% de Carlos Moedas, num resultado mais dilatado do que o previsto. Leitão garantiu um lugar na vereação, mas reconheceu a derrota.

Manuel Pizarro (PS)
O ex-ministro da Saúde voltou a falhar a conquista da Câmara do Porto, desta vez por uma margem mínima. Apesar de ter vencido em quatro das sete freguesias, Pizarro admitiu que “o resultado não é o almejado” e deixou em aberto o futuro político.

André Ventura (Chega)
Apesar de o Chega ter conquistado as suas primeiras três câmaras municipaisSão Vicente, Entroncamento e Albufeira —, o líder André Ventura reconheceu que o resultado ficou abaixo das expectativas. “Queríamos ter mais câmaras e resultados mais expressivos”, afirmou, tentando ainda assim destacar o crescimento do partido face a 2021.

Paulo Raimundo (CDU)
Os comunistas sofreram uma das maiores quedas eleitorais da noite, passando de 19 para 12 câmaras e perdendo as capitais de distrito Évora e Setúbal. Em Lisboa, caíram para quarta força política, atrás do Chega, e no Porto ficaram sem vereador. Raimundo admitiu o “resultado negativo”, mas sublinhou que a CDU “mantém-se uma força importante no poder local”.

As autárquicas de 2025 reforçam o predomínio do PSD no poder local e consolidam Luís Montenegro como figura central da política portuguesa. Já o PS enfrenta um segundo revés eleitoral consecutivo, e o Chega, embora em crescimento, não alcançou as metas que o seu líder ambicionava.

O mapa político do país muda de cor — e o centro-direita sai claramente a sorrir destas eleições.

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