Pedro Silva, vice-presidente da Associação das Pequenas e Médias Empresas (APME), alertou para a elevada carga fiscal que, segundo ele, sufoca o crescimento das microempresas no país. Ele defende uma reforma tributária que inclua períodos de carência fiscal para negócios em fase inicial.
By: Arson Armindo
“Os apoios não devem ser apenas financeiros, como muitas vezes se pensa. Claro que é importante haver fundos e linhas de crédito, mas o Governo também precisa olhar para a questão dos impostos. A carga fiscal é muito pesada. Pagamos até 32% sobre as maiores valias ao fim de um ciclo fiscal, mesmo sem ter recebido os valores faturados. Isso sufoca os jovens empreendedores”, explicou.
Silva sublinhou a necessidade de incentivos concretos no arranque dos negócios:
“Deve haver uma revisão fiscal. É preciso criar medidas como isenção de algumas taxas no primeiro ou segundo ano de atividade. Isso daria robustez aos jovens empresários e aumentaria as chances de sobrevivência dos seus negócios.”
Segundo o dirigente da APME, muitas microempresas não conseguem completar sequer um ciclo fiscal antes de encerrar:
“Preocupa-nos muito o número de empresas que nascem e morrem no mesmo ano. Além disso, é quase nulo o crescimento dessas empresas. Precisamos de um ambiente mais propício ao desenvolvimento sustentável do setor empresarial jovem.”