Neste sábado, a Polícia da República de Moçambique (PRM) assinala 50 anos de existência, enfrentando simultaneamente um dos maiores desafios da sua história: o combate ao crime organizado e transnacional. A data, marcada por cerimónias oficiais, serviu também como palco para um apelo firme do Presidente da República, Daniel Chapo, que defendeu a necessidade de mudanças profundas na corporação.
Durante a recepção da PRM no Palácio da Presidência, Chapo sublinhou que enfrentar a criminalidade actual, que inclui raptos e tráfico de drogas, exige mais do que reforço de meios: requer uma reestruturação eficaz e estratégica da actuação policial.
Embora tenha reconhecido a importância de investimentos em infra-estruturas e equipamentos modernos, o Chefe de Estado foi claro ao apontar que o sucesso no combate ao crime começa com o profissionalismo dos próprios agentes. Para ele, a formação, a ética e o compromisso com o serviço público são pilares essenciais para transformar a instituição e garantir a segurança da população.
Daniel Chapo também apelou a uma abordagem policial mais humanizada, legalista e próxima do cidadão. Incentivou a colaboração da sociedade na denúncia de práticas ilegais e no cumprimento das normas, como forma de fortalecer o Estado de Direito.
O comandante-geral da PRM, por sua vez, assumiu o compromisso de intensificar os esforços para travar o avanço da criminalidade, garantindo que a corporação está preparada para enfrentar este novo ciclo com firmeza e responsabilidade.