Israel intensifica operações militares: Netanyahu anuncia ofensiva total contra o Hamas

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou recentemente que o exército israelense (conhecido como Tsahal) intensificará suas operações em Gaza nos próximos dias, com o objetivo declarado de derrotar o grupo Hamas e concluir o que chamou de “operação total”.

Durante uma cerimônia de homenagem a soldados mortos, realizada no memorial Yad LaBanim, em Jerusalém, Netanyahu foi enfático ao declarar que o conflito não terá fim até que o Hamas seja desmantelado. “Nos próximos dias, entraremos em Gaza com toda a nossa força para completar a operação e derrotar o Hamas”, declarou.

Apesar de admitir a possibilidade de uma trégua temporária, especialmente para facilitar a libertação de reféns, o chefe de governo israelense descartou qualquer cessar-fogo duradouro. “Não haverá nenhuma situação em que possamos parar a guerra”, afirmou.

Outro ponto polêmico abordado por Netanyahu foi a proposta de realocar parte da população de Gaza para outros países, uma ideia que já havia sido sugerida anteriormente pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump. A proposta, no entanto, enfrenta forte oposição de países árabes e de grande parte da comunidade internacional.

Netanyahu revelou que Israel criou uma administração para facilitar essa eventual saída voluntária dos habitantes de Gaza. “Precisamos de países que estejam preparados para os receber. É nisso que estamos a trabalhar neste momento”, explicou. Segundo ele, há uma expectativa de que mais da metade da população aceite deixar a região, caso a oportunidade seja oferecida.

No início de abril, o governo israelense aprovou um plano para assumir o controle total da Faixa de Gaza, prevendo uma ocupação por tempo indeterminado. A decisão veio após a retomada das ações militares em 18 de março, encerrando uma trégua de dois meses entre Israel e o Hamas.

Este novo capítulo do conflito aumenta ainda mais as tensões na região e provoca reações globais, reacendendo debates sobre segurança, direitos humanos e os rumos de uma possível solução duradoura para o impasse israelo-palestino.