A tensão entre Rússia e Ucrânia voltou a escalar nas últimas horas. Na madrugada desta terça-feira, 13 de maio, a Rússia lançou dez drones em direção à Ucrânia — todos eles foram neutralizados com sucesso pelas forças de defesa aérea ucranianas, segundo confirmou a força aérea de Kiev.
Este novo ataque acontece num momento delicado. A Alemanha havia emitido um ultimato direto a Moscovo, exigindo um cessar-fogo até à meia-noite de segunda-feira, sob pena de enfrentar sanções mais severas.
O governo alemão deixou claro que está pronto para agir. Por volta do meio-dia de segunda-feira, o porta-voz Stefan Kornelius afirmou que Berlim ainda dava à Rússia “12 horas” para reconsiderar sua posição, enquanto coordenava com outros países europeus um novo pacote de sanções.
Essa postura firme surge após a recusa russa em aceitar a proposta de cessar-fogo de 30 dias sugerida inicialmente pelos Estados Unidos em março e apresentada formalmente pela Ucrânia.
Apesar de o Kremlin ter sinalizado abertura para negociações de paz no final desta semana, sem impor pré-condições, ainda não houve resposta ao convite do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy para uma reunião direta com Vladimir Putin na Turquia, marcada para quinta-feira.
“Os ataques continuam e o silêncio da Rússia sobre o encontro direto é, no mínimo, estranho”, afirmou Zelenskyy numa publicação na rede social X (antigo Twitter), destacando a urgência de um diálogo direto entre os líderes.
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, também manifestou apoio ao cessar-fogo incondicional e demonstrou interesse em participar das negociações presenciais em Istambul. Segundo Trump, existe otimismo quanto ao sucesso das conversações, e ele estaria a considerar incluir a Turquia em sua agenda internacional, que já contempla visitas ao Catar e aos Emirados Árabes Unidos.
O cenário segue tenso e instável. Enquanto a Ucrânia tenta abrir caminho para a paz com o apoio dos seus aliados, a Rússia mantém uma postura agressiva, lançando drones mesmo sob ameaça de novas sanções. O desenrolar dos próximos dias — especialmente a possível reunião em Istambul — poderá ser decisivo para os rumos do conflito.