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Mulheres se mobilizam em Luanda por igualdade de gênero e fim da violência

Neste Dia Internacional da Mulher, 8 de março de 2025, centenas de mulheres se reuniram em Luanda, no monumento “Soldado Desconhecido”, para protestar contra as desigualdades de gênero e a violência que ainda afeta milhares de mulheres angolanas. A manifestação, que teve como lema “Até que a igualdade seja normal”, foi organizada por diversas entidades defensoras dos direitos das mulheres, como a Associação Mulher Raiz da Vida, Nexus e o Instituto de Cidadania Mosaoko.

O evento foi um grito por respeito, valorização e proteção das mulheres no país. As participantes denunciaram o cenário contínuo de discriminação e abusos sofridos pelas mulheres, afirmando que não será possível alcançar uma sociedade justa enquanto essa desigualdade persistir.

Durante o protesto, as manifestantes carregaram cartazes e entoaram frases de ordem contra a violência e a exclusão das mulheres em diversas esferas da sociedade. A ativista Vanessa Domingos, uma das principais vozes da manifestação, destacou o impacto da violência de gênero, mencionando que muitas mulheres vivem com o constante medo de agressões. Ela também falou sobre a situação das meninas, que muitas vezes são vítimas de violência ainda na infância. “As constantes agressões que sofremos, principalmente as que atingem nossas meninas, nos deixam oprimidas e com medo”, afirmou Vanessa.

O protesto também teve como foco a necessidade de mais políticas públicas voltadas para a inclusão das mulheres em todas as áreas da sociedade. Vanessa Domingos fez um apelo ao governo angolano para que amplie seus esforços em criar programas que garantam a participação ativa das mulheres. “Precisamos de mais apoio. O governo deve olhar mais para as mulheres e criar programas que garantam nossa participação ativa na sociedade”, pediu a ativista.

No final da manifestação, foi lido um manifesto que destacou a luta contínua pela igualdade de gênero e pelos direitos das mulheres em Angola. O documento ressaltou que, apesar de as mulheres representarem a maioria da população, ainda estão em situações de vulnerabilidade, enfrentando frequentes abusos, violência física e até assassinatos. A mensagem final da manifestação foi clara: a luta pelo fim da violência e pela igualdade de gênero continuará até que se alcance um cenário de justiça real para todas as mulheres no país.

Este protesto foi um lembrete poderoso da necessidade de mudanças profundas na sociedade angolana, para que as mulheres possam viver em um ambiente de igualdade, respeito e liberdade. A luta está apenas começando, e as ativistas estão comprometidas em não descansar até que a igualdade de gênero seja, de fato, uma realidade em Angola.