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António Costa Destaca o Passado Político para Defender uma Europa Unida no Conselho Europeu

UE – Na cerimónia de transição de liderança do Conselho Europeu, que marcou o fim do mandato de Charles Michel e a ascensão de António Costa ao cargo de presidente, o novo líder da instituição não hesitou em reforçar a importância de uma “Europa comum”. Relembrando sua trajetória política, Costa destacou que seu compromisso com a cidade de Lisboa, com o governo português e agora com a União Europeia (UE) é uma extensão natural de seu trabalho em prol de causas mais amplas, como segurança, crescimento econômico e uma maior presença diplomática no cenário mundial.

Durante sua intervenção, realizada em Bruxelas, o ex-primeiro-ministro português sublinhou a harmonia entre as suas funções anteriores e a nova responsabilidade que assume. “Lisboa é a minha cidade, Portugal é o meu país e a Europa é a nossa casa comum”, afirmou, destacando que não vê qualquer contradição entre essas três dimensões, mas sim uma continuidade em seu compromisso com o bem-estar coletivo, seja no âmbito local, nacional ou europeu.

Costa abordou também o contexto global e a necessidade de uma Europa mais unida. “Num mundo globalizado, a única forma de sermos verdadeiramente patrióticos e assegurarmos nossa soberania é construirmos uma Europa comum”, declarou, enfatizando que só por meio da união os países europeus podem garantir segurança, estabilidade e prosperidade para seus cidadãos. Além disso, a transição climática e a voz da Europa no cenário internacional também foram pontos centrais de sua fala, ressaltando que a unidade é a força vital da União Europeia.

Em sua reflexão sobre as diferenças dentro da UE, Costa reconheceu as “divergências de opinião” entre os líderes europeus, mas reforçou que essas diferenças são uma parte essencial da identidade da Europa. “A unidade na diversidade da Europa é uma coisa notável”, afirmou, destacando a importância de ouvir e respeitar as preocupações de cada Estado-membro enquanto se busca promover convergências.

O novo presidente do Conselho Europeu também aproveitou a ocasião para expressar sua gratidão a Charles Michel, que encerra seu mandato após um período marcado por crises significativas, como a pandemia de covid-19 e a agressão militar da Rússia à Ucrânia. Costa agradeceu a Michel pelos esforços em manter a unidade da Europa em tempos desafiadores e declarou que seu próprio objetivo será reforçar o legado da União Europeia, sempre com um compromisso de ação coletiva.

O sentido de urgência em relação à prosperidade econômica foi outro tema abordado por Costa. Ele destacou a importância de uma ação coletiva entre os líderes da UE, com foco no pragmatismo e na inovação. “Temos que completar o mercado único, reduzir a burocracia, investir em competências e usar os desafios em áreas como defesa e energia para impulsionar a competitividade da Europa”, afirmou, ressaltando a necessidade de uma Europa mais dinâmica e adaptada aos desafios contemporâneos.

Com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, presente na cerimônia, Costa reforçou a ideia de que o fortalecimento da União Europeia é um trabalho conjunto, pois, embora as instituições tenham funções distintas, elas representam uma única entidade, com um objetivo comum.

Ao assumir a presidência do Conselho Europeu, Costa se torna o primeiro português e o primeiro socialista a ocupar este cargo. Ele já tem uma vasta experiência no Conselho Europeu, onde atuou durante oito anos como primeiro-ministro de Portugal. Agora, em sua nova função, Costa se compromete a buscar soluções consensuais entre os 27 membros da União e tornar a instituição mais eficaz e capaz de lidar com os grandes desafios do futuro.

Em um momento em que a UE encara questões como o Brexit, a crise econômica pós-pandemia, o conflito na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio, o trabalho de Costa será fundamental para assegurar que a União Europeia continue avançando com unidade e força. Seu mandato de dois anos e meio começa com um foco claro na cooperação e na construção de uma Europa mais forte e mais resiliente para enfrentar os desafios globais.