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Crise na pesca do Namibe deixa mais de mil trabalhadores desempregados

A escassez de peixe nos mares de Angola está a afetar gravemente o setor pesqueiro na província do Namibe, levando várias empresas da área a demitir mais de mil trabalhadores. A queda nas capturas tem resultado na diminuição das receitas, forçando muitas dessas empresas a enfrentarem dificuldades financeiras, até levando algumas à falência.

O Instituto Nacional de Investigação Pesqueira (INIP) já havia alertado, no ano anterior, que as espécies de peixe no Namibe estavam em risco, com a maioria delas atingindo níveis críticos. O INIP recomendou a adoção de medidas rigorosas para reduzir o esforço de pesca, a fim de preservar os recursos marinhos, mas, de acordo com as autoridades locais, essas ações não foram implementadas de forma eficaz.

Como resultado, muitas empresas pesqueiras estão passando por uma crise financeira, com dificuldades até para pagar os salários aos seus trabalhadores. Em consequência da redução de peixe na costa do Namibe, alguns armadores têm optado por embarcar em expedições perigosas ao alto-mar com embarcações artesanais, o que tem levado a tragédias e mortes entre os pescadores.

A pesca é a principal fonte de sustento para muitas comunidades no Namibe, e a redução significativa no volume de peixe está a afetar diretamente a economia local. Os pescadores relatam uma diminuição acentuada na quantidade de peixe que conseguem capturar, o que tem refletido na escassez de peixe nos mercados e nos preços elevados. Paulo Santos, da Associação de Pesca do Namibe, afirmou em entrevista à Rádio Nacional de Angola (RNA) que a situação na província está crítica e que a falta de peixe nos mercados é uma das principais causas da falência de várias empresas do setor.

Víctor Chilamba, diretor nacional dos Recursos Marinhos, também comentou sobre as causas dessa escassez. Ele mencionou fatores ambientais como a poluição, o aquecimento das águas marinhas e a diminuição dos níveis de oxigênio em algumas áreas como responsáveis pela queda no volume de pescado. Além disso, muitos armadores apontam a prática ilegal da pesca de arrastão e a captura de espécies proibidas por lei como fatores adicionais que agravam a situação.

Essa crise tem gerado um aumento significativo no preço do peixe nos mercados do Namibe, afetando o poder de compra das famílias locais e agravando ainda mais os problemas econômicos da região. A escassez de recursos pesqueiros está a causar uma cadeia de impactos negativos, não apenas nas empresas pesqueiras, mas também nas comunidades que dependem da pesca para sua sobrevivência diária.