Durante sua visita à Bélgica, após passar pelo Luxemburgo, o Papa Francisco afirmou que a Igreja Católica deve sentir vergonha e buscar perdão pelos abusos sexuais cometidos por clérigos ao longo das décadas. O escândalo impactou mais de 500 pessoas na Bélgica, e a declaração do Papa reforça a necessidade de responsabilidade e reflexão dentro da Igreja.
O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, também fez duras críticas, afirmando que a Igreja precisa tomar “medidas concretas” para lidar com o legado de abusos e encobrimentos. Segundo De Croo, a Igreja só poderá avançar para o futuro se fizer uma revisão honesta do seu passado. Essas declarações foram feitas durante o segundo dia da visita do Papa ao “coração da Europa”, cujo objetivo principal é fortalecer a fé e aumentar o apoio à Igreja Católica.
Além das discussões sobre os abusos, o Papa Francisco teve um encontro com o rei Filipe e a rainha Matilde na residência oficial da família real belga. Ele também visitou o bairro de Marolles, em Bruxelas, e parou em um lar de idosos, demonstrando sua proximidade com diferentes setores da sociedade.
Francisco expressou sua satisfação com a visita e descreveu a Bélgica como um país que, apesar de pequeno, desempenha um papel central na Europa, simbolizando o “coração pulsante” de um organismo maior. O Papa ainda destacou a importância da Bélgica para promover a paz e a fraternidade entre os povos da Europa, em um momento em que o mundo enfrenta diversos conflitos armados.
Antes de chegar à Bélgica, o Papa esteve no Luxemburgo, onde foi recebido com aplausos, mas também enfrentou protestos. Ele permanecerá na Bélgica até domingo, encerrando sua viagem com o objetivo de renovar a fé e enfrentar os desafios que a Igreja Católica enfrenta atualmente.