Austrália – Julian Assange aterrou esta quarta-feira em Camberra, na Austrália, proveniente das ilhas Marianas, no Pacífico: a justiça desse território americano declarou-o livre por este ter já cumprido os 62 meses de cadeia relativos à sua condenação por violação da lei de espionagem dos Estados Unidos.
Ao chegar a Camberra nesta quarta-feira Julian Assange levantou o punho, antes de abraçar a esposa e o pai que o vieram acolher.
A esposa, Stella Assange, uma advogada sul-africana, apelou a donativos que permitam reembolsar o governo australiano por ter afretado o avião para uma viagem de 7 horas até à sua terra natal, quantia orçada em 485 000 euros, por ele não ter sido autorizado a viajar num voo comercial.
O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, congratulou-se no parlamento com este desfecho positivo, após um acordo com a justiça americana.
Para trás ficaram 14 anos de uma saga jurídica com o antigo informático a ter-se confessado, finalmente, culpado, perante este tribunal das ilhas Marianas, por ter encorajado a militar americana Chelsea Manning a lhe fornecer documentos secretos.
Assange não terá o direito de voltar aos Estados Unidos sem autorização.
Por ter cumprido 5 anos de prisão preventiva em Londres, após 7 anos refugiado na embaixada do Equador, ele pôde sair já em liberdade do tribunal de Saipan, nas ihas Marianas.
O seu pai, John Shipton, assumia ao canal ABC a alegria por Assange poder agora estar junto da esposa e dos seus dois filhos e desfrutar do prazer de ir à praia.
O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Matthew Miller, por ora declarou não ser adequado fazer quaisquer comentários quanto ao desfecho do caso.