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HomeMUNDOServiço de inteligência militar da Ucrânia acusa Rússia de recrutar mercenários Africanos

Serviço de inteligência militar da Ucrânia acusa Rússia de recrutar mercenários Africanos

Os serviços de inteligência militar da Ucrânia, acusaram, hoje, 28 me Maio, que a Rússia está a recrutar mercenários Africanos vindos do Ruanda, Burundi, Congo e Uganda para lutarem na guerra que opõe as repúblicas beligerantes da Ucrânia e Rússia.

A Rússia intensificou o recrutamento de mercenários em países como Ruanda, Burundi, Congo e Uganda, onde oferece a nacionalidade russa aos interessados, além de dois mil dólares pela assinatura de um contrato para lutar na Ucrânia e um salário mensal de outros 2.200 dólares. A informação é revelada pelo serviço de inteligência militar ucraniano (GUR), através de um comunicado.

“O Estado agressor, a Rússia, intensificou significativamente a sua campanha de recrutamento de mercenários estrangeiros para a guerra contra a Ucrânia: envolve o recrutamento de pessoal na África Central, especificamente em Ruanda, Burundi, Congo e Uganda”, refere o GUR. Segundo a inteligência militar de Kiev, aos recrutados são oferecidos, além das quantias em dinheiro acima mencionadas, seguro médico e passaporte russo para eles e respetivas famílias.

O GUR revela ainda que “uma unidade especial do Ministério da Defesa de Kremlin se ocupa do recrutamento de africanos para participarem em ataques de bucha de canhão em terras ucranianas”. O comunicado refere-se também às supostas “deserções em massa” de mercenários nepaleses que foram registadas no Exército russo devido às baixas massivas nas suas unidades e aos maus-tratos recebidos pelos seus superiores russos.

A declaração é acompanhada pela fotografia de um folheto com o qual a Rússia tenta atrair homens dos quatro países africanos acima referidos. As autoridades ucranianas alertaram nos últimos meses para o elevado número de mercenários de África, Ásia e América Latina recrutados pela Rússia para lutar na Ucrânia.

Kiev capturou soldados de algumas destas regiões e já expressou a sua vontade de negociar a repatriação para os países de origem com os respetivos governos.