Caso está a chocar o país asiático. Homem declarou-se inocente, mas imagens reveladas provam o contrário.
Foram divulgados num tribunal do Cazaquistão imagens que mostram os momentos finais de uma astróloga de 31 anos que morreu às mãos do marido, revela o Daily Mail.
No vídeo vê-se o homem, ex-ministro da Economia no país asiático, a arrastar a mulher pelo cabelo, a pontapeá-la e a bater-lhe. Saltanat Nukenova morreria com um traumatismo craniano. O crime ocorreu em novembro do ano passado.
O “julgamento do século”, como é apelidado pela imprensa local, está a chocar o Cazaquistão. O mediatismo do caso levou milhares de pessoas a assinar petições para pedir penas mais pesadas para a violência doméstica.
Kuandyk Bischimbayev arrisca 20 anos de prisão, caso seja declarado culpado. Inicialmente, disse em tribunal que a mulher morreu com ferimentos auto-infligidos.
Todavia, as imagens das câmaras de videovigilância contradiziam o depoimento do antigo governante. Entretanto, na passada quarta-feira, o suspeito confessou agressões.
Num dos vídeos vê-se o casal a discutir no exterior de um restaurante, que pertence a um familiar do ex-ministro.
Bischimbayev é visto a agredir agressivamente a mulher e a arrastá-la, pelos cabelos, para o chão. Depois disso pontapeia a companheira várias vezes.
Enquanto a vítima se tenta levantar, o suspeito agarrou-a no pescoço e deu-lhe um pontapé no queixo. As agressões continuaram fora do alcance das câmaras.
O sistema de videovigilância do restaurante também conseguiu captar a violência dos confrontos. A mulher é vista a arrastar-se para longe do agressor.
“Após arrastá-la para fora da casa de banho, Bishimbayev agarrou-a no pescoço e estrangulou-a. Ela perdeu a consciência”, diz a procuradora.
A mulher foi encontrada morta no dia seguinte, com um traumatismo craniano.
Depois de ter espancado a mulher, o ex-ministro voltou a entrar no restaurante e sentou-se calmamente a comer uma refeição. Bishimbayev admitiu ao tribunal que tinha ligado a um amigo “vidente”.
Em março foi noticiado que o assassínio aconteceu porque Nukenova, a terceira mulher do político, ameaçou deixar o marido. As agressões do marido seriam recorrentes, como atestam imagens deixadas pela defesa da vítima em tribunal, que mostram a mulher coberta de pisaduras.
O arguido defendeu, numa primeira audição em tribunal, que a esposa tinha morrido por ter batido com a cabeça num lavatório.
O caso tem sido visto como um teste de para desafiar a independência da justiça cazaque face ao sistema político. Muitas pessoas temem que o homem não seja acusado, tal como aconteceu num julgamento anterior, por corrupção.