Um vídeo secreto, capturado no final de 2022, que mostra a primeira-dama sul-coreana, Kim Keon Hee, a receber uma mala de luxo, desencadeou um alvoroço político no país. O vídeo, divulgado recentemente, mostra Kim a receber uma mala da Christian Dior, avaliada em 3 milhões de won (cerca de 2.000 euros), de um pastor.
O incidente prejudicou o apoio público ao presidente Yoon Suk Yeol, e tornou-se também numa questão crucial na mente dos eleitores às vésperas das eleições parlamentares, revela a ‘Bloomberg’.
O vídeo foi gravado secretamente pelo pastor Choi Jae-young. Nele, Choi entra no que parece ser o escritório de Kim e a dá-lhe a mala de luxo. A controvérsia intensificou-se quando o vídeo foi divulgado num site político de esquerda em janeiro deste ano.
A reação pública foi rápida e furiosa, reavivando memórias de escândalos anteriores de corrupção no país. O incidente levantou questões sobre se Kim estava a promover-se indevidamente ou se estava a ser alvo de publicidade indesejada.
A controvérsia em torno do vídeo da mala de luxo acrescenta mais um capítulo à série de escândalos que envolvem a primeira-dama sul-coreana. A ausência dela durante a campanha eleitoral também atraiu a atenção e especulação sobre o seu papel no governo.
À medida que a Coreia do Sul se prepara para as eleições parlamentares, as apostas são altas. Se o partido de Yoon, no poder, conquistar o controlo do parlamento, é provável que implemente políticas económicas que incluam restrições fiscais, promoção do uso da energia nuclear e redução de regulamentações empresariais.
Enqunto isso, o Partido Democrata defende políticas mais progressistas, como impostos mais altos para redistribuir a riqueza nacional e uma postura mais conciliatória em relação à Coreia do Norte.