Escola – Trabalho e Luta
O I° Encontro Nacional com Angolanos Residentes na Diáspora está a ser o assunto do momento em todo o País.
By: Professor Pina N’dovale
As delegações estão agora em digressão por algumas províncias dessa imensa Angola, para constatarem “in-loco” o País real.
Pela agenda dos trabalhos em curso, que se vai estender até ao próximo dia 12, muito ainda está por acontecer, obviamente.
Mas sobre isso já voltamos a falar.
Vamos imediatamente ao título deste artigo:
Quando falei da arrogância e ingratidão no palácio da Matamba, descrevendo algumas ocorrências sobejamente preocupantes, alguns incautos apareceram para defender o indefensável.
Mas como o tempo dá resposta à muitas indagações, a sua benevolência veio, de forma natural, clarificar a existência de arrogância e ingratidão, aos quais se adicionou também a falta de medo e respeito.
Para a vossa melhor compreensão do fenômeno voltemos, então, ao assunto inicial, sobre o I° Encontro Nacional com Angolanos Residentes na Diáspora.
Segundo informações a que tive acesso, o GPL foi notificado para, no dia 1 de Abril, data de abertura do evento, o seu titular endereçar uma mensagem de boas-vindas às delegações.
Considerando que o acto de abertura foi em Luanda, no luxuoso Hotel Intercontinental, ao “manda-chuva” do GPL reservou-se as indispensáveis honras da casa.
A informação chegou-lhe antes de se ausentar do País e ir ver a sua família nas terras lusas. E ainda que não fosse antes, sabe-se que a distância, nos dias de hoje, não invalidam as ordens nem decisões de quem está no trono.
Apesar de a metrópole angolana ter três (3) governadores, diferente dos dois (2) de cada uma das outras 17 províncias angolanas, a organização e aos angolanos saídos do exterior não escaparam ao desprezo, arrogância e falta de respeito do GPL.
Quando na sua ausência podia perfeitamente ser representado por um dos seus três (3) vice-governadores, Tatiana Mbuta, uma simples Directora Provincial (digo “simples” por saber que há Directores e Directores), foi a escolhida por Manuel Homem para levar a mensagem do GPL.
Embora eloquente – afinal também é jornalista e Secretária para Informação da JMPLA em Angola –, Tatiana Mbuta foi além da mensagem de boas-vindas, e teve o atrevimento de declarar aberto o evento, como se tivesse sido o objectivo que a levou para lá.
O bom é que o mestre de cerimônias prontamente situou os presentes, dando a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, já que lá estava o retórico Norberto Garcia, em representação do Presidente da República para a intervenção de abertura.
Na sequência do programa, as delegações foram recebidas por João Lourenço, no palácio da cidade alta – algo que surgiu para automaticamente meter tudo e todos na linha da obediência e da cooperação.
Pelo que se pode acompanhar, a honra com que as delegações estão a ser recebidas, tratadas e acompanhadas nas outras províncias por onde estão a passar, indica como o GPL arrogou-se no cumprimento da parte que lhe coube.
Nem mesmo no tempo do General Higino Carneiro, o 4X4, viu-se um GPL tão destemido, arrogante, ingrato e prepotente.