A situação económica do país condiciona o sector social, com destaque ao factores como desemprego, crescimento populacional e a dependência ao petróleo, segundo apurou o Diário Independente.
A situação económica de Angola tem sido influenciada pela procura global de petróleo, o que resultou em um crescimento volátil e deixou o país com níveis significativos de pobreza e desigualdade. Nos últimos cinco anos, reformas foram implementadas para melhorar a gestão macroeconómica e a governação do sector público. A estabilidade macroeconómica foi reforçada por meio de taxas de câmbio mais flexíveis, autonomia do banco central, política monetária sólida e consolidação orçamental. Além disso, leis foram introduzidas para promover maior participação do setor privado na economia e estabilizar o setor financeiro.
Em 2022, o crescimento económico acelerou para 3%, impulsionado pelos setores não petrolíferos e uma pequena recuperação na produção de petróleo. O aumento dos preços do petróleo permitiu expansão orçamental, especialmente em investimentos públicos, e apreciação da moeda nacional, sustentando o crescimento do consumo privado. O setor petrolífero também contribuiu para essa recuperação, registrando crescimento pela primeira vez desde 2015. No entanto, a economia enfrentou desafios, incluindo uma desvalorização significativa do kwanza em relação ao dólar norte-americano.
Apesar desses esforços, Angola ainda enfrenta desafios significativos. A perspetiva negativa das famílias angolanas sobre a situação socioeconómica e o desemprego persistente são preocupantes. O crescimento populacional de cerca de 3% ao ano e a entrada de 750 mil jovens no mercado de trabalho anualmente aumentam os riscos de instabilidade social. O país precisa enfrentar esses desafios para melhorar a condição social e económica da população.