Cabinda reclama pela independência antes de a FLEC ter sido criada. A FLEC/FAC luta pela libertação de Cabinda e pelo direito do povo de Cabinda decidir o que pretende para o seu futuro político, por isso a FLEC/FAC defende o direito à autodeterminação do povo de Cabinda. A posição da FLEC/FAC será o que o povo de Cabinda decidir.
A FLEC é uma organização coerente. A FLEC afirma, como sempre afirmou e afirmará, que Cabinda não é Angola, e por esta causa lutamos desde 1963.
Sendo a FLEC uma organização inflexivelmente independentista e sendo Angola a potência ocupante e colonizadora de Cabinda, a FLEC defende que é absolutamente incoerente e antipatriótico votar em eleições angolanas, mas também defender uma “autonomia” seria sustentar o repetido álibi político angolano que apenas pretende prolongar a ocupação, exploração e repressão.
A FLEC é uma organização independentista, e não autonomista. A FLEC sempre se demonstrou disponível para dialogar e negociar com qualquer partido que derrote a ditadura do MPLA. Para a FLEC, a demonstração de flexibilidade de diálogo para as negociações de um candidato nas eleições angolanas é salutar e um sinal positivo.
O presidente João Lourenço sempre optou pela via militar em Cabinda. A FLEC, durante anos, optara por privilegiar a via política, mantendo uma postura militar apenas defensiva. Com os nossos novos parceiros, decidimos abandonar qualquer solução política, devido a que o presidente angolano João Lourenço impôs-nos a via militar como a única solução. A escalada militar que está para breve em Cabinda é da total responsabilidade de João Lourenço.
A FLEC já tem no terreno unidades que vão acabar com estas práticas. Os oficiais militares angolanos estão a traficar tudo em Cabinda, desde madeiras raras a marfim. João Lourenço tem conhecimento, mas fecha os olhos.
O presidente angolano sempre menosprezou os cabindas, ignorou todas as nossas propostas e prossegue com uma postura sanguinária belicista, quando, em simultâneo, pretende projetar uma imagem de pacifista e conciliador, tal como tem feito no quadro da presidência da SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral), ridicularizando esta organização. João Lourenço não conhece outra via de negociações para além da via belicista.
A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) salienta que no quadro da nova estratégia equacionada no novo Plano Militar da FLEC-FAC, a Direção Político-Militar da FLEC-FAC apela a todos os seus concidadãos a aderirem a um levantamento armado nas cidades e nas aldeias contra o ocupante angolano e seus colaboradores em Cabinda. Face a um inimigo cada vez mais feroz, a FLEC-FAC apela a todos os portugueses nascidos em Cabinda que integrem a FLEC-FAC na luta pelo direito à autodeterminação e pela dignidade do nosso povo, mas também pela honra da terra onde nasceram.
Para a FLEC-FAC, todos os portugueses nascidos em Cabinda “têm o dever moral e patriótico” de integrar o movimento e participarem na “sagrada luta pela dignidade” do povo cabindês.
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