A polícia turca abateu na manhã de hoje a tiro um homem e uma mulher que tentaram atacar um tribunal em Istambul, anunciou o ministro do Interior, Ali Yerlikaya.
As duas pessoas foram mortas durante uma “tentativa de ataque” a um posto de controlo de segurança no tribunal de Caglayan, disse Yerlikaya nas redes sociais, citado pela agência norte-americana AP.
Seis pessoas ficaram feridas no incidente, incluindo três agentes da polícia.
Yerlikaya identificou mais tarde os atacantes como membros do Partido/Frente Revolucionária de Libertação do Povo, ou DHKP/C.
Trata-se de um grupo de extrema-esquerda que é considerado uma organização terrorista na Turquia, nos Estados Unidos e na União Europeia.
O ataque ocorreu no dia em que a Turquia comemorava o aniversário de um terramoto no sul do país que matou milhares de pessoas.
Nos últimos anos, o DHKP/C não tem estado muito ativo.
Em março de 2015, o grupo fez refém um procurador no mesmo tribunal, exigindo pormenores sobre a morte pela polícia de um adolescente durante protestos antigovernamentais do ano anterior.
Dois homens armados morreram quando a polícia invadiu o edifício e o procurador morreu mais tarde devido aos ferimentos.
O grupo também reivindicou a responsabilidade por um atentado suicida à bomba em fevereiro de 2013 na embaixada dos Estados Unidos em Ancara, no qual um segurança turco foi morto e quatro pessoas ficaram feridas.
Em janeiro, um homem foi morto a tiro numa igreja de Istambul, num atentado que foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI).
Mais tarde, dois homens foram detidos por suspeita de terem assassinado Tuncer Cihan, 52 anos, em 28 de janeiro, na Igreja de Santa Maria, no bairro de Buyukdere.
Dezenas de suspeitos de serem membros e apoiantes do EI também foram detidos.
O Caglayan, também conhecido como Palácio da Justiça de Istambul, é um enorme complexo judicial situado no bairro de Kagithane, na zona europeia da cidade.