O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, afirmou, esta quinta-feira, que as alterações efectuadas na divisão político-administrativa ao longo dos tempos trouxeram benefícios às populações das províncias da Lunda-Norte e do Bengo.
Ao falar no Parlamento, no quadro da discussão e aprovação, na generalidade, da Proposta de Lei da Divisão Político-Administrativa (DPA), destacou os vários projectos implementados naquelas regiões para o bem-estar da população.
Lembrou que, em 1978, a província da Lunda-Norte foi separada da Lunda-Sul e ao longo dos anos esta beneficiou de vários projectos que se reflectiram positivamente para a vida das populações. Entre os projectos, destacou a criação da Universidade Luegi A Nkonde, Escola Superior Pedagógica, faculdades de Medicina e Direito, Escola Técnica do Cuango e a centralidade do Mussungue, com 5.004 apartamentos.
Referiu-se ainda à construção do hospital geral e materno infantil no Dundo e da estrada nacional 225, que liga o Dundo a Xamuteba, com 450 quilómetros.
Adão de Almeida fez igualmente menção à existência de cerca de 109 escolas primárias, 120 unidades sanitárias, entre as quais quatro hospitais gerais e nove hospitais municipais, bem como a reabilitação e em fase final do aproveitamento hidroeléctrico de Luaximo, que vai aumentar a capacidade de 08 para 34 megawts.
O ministro de Estado ressaltou também os avanços registados na província do Bengo, desde que foi subdividida de Luanda, em 1980. No sector da educação, destacou a construção de 216 escolas no ensino primário, 73 escolas do primeiro ciclo do ensino secundário, 15 escolas no II ciclo do ensino secundário, duas escolas de formação de professores, sete no ensino técnico profissional e uma do ensino especial. No sector da saúde, enumerou a existência de três hospitais gerais na Barra do Dande e o recentemente inaugurado hospital :Reverendo Pereira Inglês”, o hospital provincial, seis hospitais municipais e 27 centros de saúde.
Destacou, também, a inauguração de duas centralidades na província do Bengo, nomeadamente a do Kapari e do Bukula, denominada “Teresa Afonso”. “Portanto, dizer que houve essa divisão e não produziu nenhum resultado para a vida das pessoas não nos parece a visão mais correcta. Se discutirmos sob se falta fazer mais ou se devemos fazer mais, estamos todos de acordo”, vincou. O ministro de Estado respondia as inquietações dos deputados, sobretudo os da oposição, que questionaram os benefícios das alterações efectuadas na divisão político-administrativa ao longo dos tempos nas províncias da Lunda-Norte e do Bengo.
A 11 de Novembro de 1975, Angola tornou-se um Estado Independente e optado por manter em vigor a divisão político-administrativa de 1971. Nessa altura, em 1975, a população angolana era estimada em cerca de 6,5 milhões de habitantes.
Seguiram-se várias alterações pontuais, com destaque para as efectuadas em 1978, que dividiu a província da Lunda em província da Lunda-Norte e província da Lunda-Sul, e em 1980, que dividiu a província de Luanda em província de Luanda e do Bengo. Ou seja, há 44 anos que o país tem 18 Províncias e aproximadamente 160 Municípios.