Os dados foram avançados, esta segunda-feira, em conferência de imprensa pelo presidente do conselho de administração da ANPG, Paulino Jerónimo, que assinalou os cinco anos de atividade da concessionária nacional, criada em 2019.
Paulino Jerónimo realçou que, nos últimos cinco anos, dois dos quais marcados pela pandemia da covid-19, que constituiu para a agência “um grande desafio”, foi atenuado o declínio acentuado da produção, retomadas as licitações para novas concessões, criadas condições para a manutenção dos investidores e entrada de outros novos.
O responsável referiu que actualmente o País está a produzir diariamente 1,1 milhões de barris, quantidades que atingiriam os 1,2 milhões de barris de petróleo por dia, se não fossem as perdas diárias de 90 mil barris de petróleo.
No último quinquénio, o País registou perdas de produção não planeadas de cerca de 170 milhões de barris de petróleo, devido ao envelhecimento da maior parte das concessões, desenhadas para operar entre 15 e 20 anos, algumas já com mais de 60 anos de existência. “E as nossas grandes instalações como o Girassol, o Dália, têm já mais de 20 anos de vida e isto faz com que os sistemas destas instalações tenham mais falhas, as falhas são mais recorrentes. A manutenção preventiva regular já não é suficiente para atenuar estas falhas, requer-se um esforço maior, investimentos”, disse a diretora de produção da ANPG, Ana Rosa Miala.