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Karl Mponda esclarece boatos de divergências no “Bloco da Solução” e foca na legalização do MUN

Karl M. Sarney Mponda, líder do Movimento de Unidade Nacional (MUN), veio a público desmentir rumores de desavenças internas no “Bloco da Solução”, uma plataforma que une diferentes partidos políticos em Angola. Em entrevista ao portal MOVi, Mponda refutou qualquer desentendimento com Abreu Capitão, líder do PDP-ANA, afirmando que as informações divulgadas não possuem embasamento.

O “Bloco da Solução” é uma aliança política composta pelo Partido Democrático para o Progresso da Aliança Nacional Angolana (PDP-ANA), pelo Partido Nacional de Salvação de Angola (PNSA), e pelo próprio MUN. A proposta do bloco é consolidar uma coligação eleitoral robusta para oferecer uma alternativa significativa aos eleitores angolanos, unindo forças que compartilham uma visão de progresso e transformação.

A notícia de uma suposta discordância entre Mponda e Capitão ganhou atenção recentemente, sugerindo que o relacionamento entre os líderes do MUN e do PDP-ANA estaria em crise. Em resposta, Karl Mponda reafirmou seu compromisso com a união e afirmou que o PDP-ANA não possui conhecimento sobre tais boatos, pois nenhum representante do partido confirmou essas informações. Ele destacou a importância de manter uma postura de maturidade política e de evitar distrações que possam minar o objetivo comum da plataforma.

Em meio aos rumores, Mponda deixou claro que sua principal prioridade no momento é finalizar o processo de legalização do MUN junto ao Tribunal Constitucional. Ele anunciou que, no próximo sábado, haverá uma assembleia constituinte para estabelecer formalmente a nova comissão instaladora e inaugurar a sede do partido. Esse passo é considerado essencial para o fortalecimento da atuação do MUN na esfera política angolana.

O processo de legalização do MUN não tem sido fácil. Em julho, Mponda expressou publicamente sua decepção com o Tribunal Constitucional e com o Estado angolano pela legalização do partido CIDADANIA, cuja bandeira apresenta semelhanças com a do MUN. Para ele, essa decisão compromete a identidade visual do MUN e pode confundir os eleitores. Em uma postagem nas redes sociais, Mponda denunciou o ocorrido como uma forma de sabotagem política, reforçando que o Estado deveria promover a paz e a integridade partidária.

Fundado em 4 de julho de 2010, o MUN é um partido de direita, com uma ideologia nacionalista e conservadora. O movimento prega a valorização da cultura angolana e tem como missão “devolver a grandeza” à pátria. Em 2020, o partido já contava com o apoio de mais de 8.000 assinaturas, superando o mínimo exigido para a legalização.

Mponda é um defensor da unidade entre os partidos de oposição, acreditando que essa coesão deve se dar não apenas por meio de coligações, mas através de um verdadeiro “bloco” de forças políticas, capaz de lançar um único candidato presidencial. Ele revelou já ter apresentado essa ideia a outros partidos de oposição, embora a proposta não tenha sido aceita na ocasião.

Karl Mponda reafirma seu compromisso com o “Bloco da Solução” e desconsidera rumores infundados, focando na estruturação legal do MUN. Para ele, a legalização do partido e a formação de um bloco sólido entre os partidos de oposição são os primeiros passos para um futuro político mais coeso e forte em Angola.