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Angola defende reforço do compromisso climático e papel estratégico de África na transição energética durante Cimeira do G20

by Marcelino Gimbi

Johanesburgo – O Presidente da República de Angola e Presidente em exercício da União Africana, João Manuel Gonçalves Lourenço, defendeu este sábado, na segunda sessão da Cimeira do G20, a necessidade de reforçar o compromisso global com a luta contra as alterações climáticas e acelerar a implementação dos acordos internacionais, com destaque para a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas e o Acordo de Paris.

Intervindo na sessão dedicada ao tema “Um Mundo Resiliente – a Contribuição do G20 para a Redução do Risco de Catástrofes; Alterações Climáticas; Transições Energéticas Justas; Sistemas Alimentares”, João Lourenço alertou para os efeitos devastadores provocados pelo aquecimento global, que continuam a “afectar gravemente a segurança alimentar, perturbar sistemas produtivos, gerar conflitos e provocar deslocações de populações”.

O Chefe de Estado sublinhou que o G20 deve assumir um papel decisivo no financiamento climático, sublinhando a urgência de acelerar a materialização dos mecanismos e metas já aprovados. Recordou ainda que, na qualidade de presidente da União Africana, Angola tem liderado esforços para mobilizar parceiros internacionais no financiamento de infra-estruturas críticas do continente, agradecendo o apoio prestado pelos líderes e instituições do G20.

Lourenço destacou igualmente o papel estratégico da Zona de Comércio Livre Continental Africana (ZCLCA) como motor de crescimento e integração económica, afirmando que África contribuirá activamente para um desenvolvimento global mais equitativo. Salientou também que a abundância de recursos naturais estratégicos, a biodiversidade e o potencial demográfico do continente colocam África no centro da transição verde mundial.

No domínio da segurança alimentar, o Presidente apontou o novo Programa Abrangente de Desenvolvimento Agrícola para África, a Estratégia de Kampala e o Plano de Acção 2026-2035 como instrumentos-chave para fortalecer sistemas agro-alimentares resilientes. Enalteceu ainda a criação, pela Presidência sul-africana do G20, do Grupo de Trabalho para a Segurança Alimentar, defendendo a continuidade da sua actuação e o reforço da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

João Lourenço lembrou que a transição energética justa exige estabilidade política e segurança, sobretudo em África, e destacou a necessidade de manter a preparação e resposta a desastres naturais como prioridade global. Neste contexto, saudou os resultados da COP30, realizada recentemente em Belém do Pará, no Brasil, incluindo os mecanismos aprovados de financiamento verde e azul.

O Presidente angolano concluiu reafirmando que a concretização destes objectivos dependerá do compromisso conjunto dos Estados e instituições internacionais, apelando à união dos esforços multilaterais para garantir um mundo mais resiliente e sustentável.

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