Por Luís de Castro presidente do partido Liberal
A democracia precisa de renovação para se manter viva. Em Angola, muitos deputados exercem funções há várias legislaturas consecutivas, sem qualquer limite de mandatos. Essa realidade levanta uma questão importante: deve o poder político ser permanente ou temporário?
A criação de uma lei que limite os mandatos dos deputados a três legislaturas consecutivas seria um passo positivo. Tal medida permitiria abrir espaço a novas ideias, novas gerações e maior representatividade no Parlamento. O objetivo não é afastar os mais experientes, mas garantir que o poder não se transforma em privilégio de poucos.
Os que se opõem à limitação argumentam que cabe aos eleitores decidir. No entanto, num sistema de listas partidárias fechadas, o eleitor muitas vezes não escolhe diretamente os seus representantes. Por isso, a limitação de mandatos pode equilibrar a democracia e incentivar a renovação interna nos partidos.
Renovar a política é fortalecer a democracia. Limitar mandatos não é excluir é garantir que a Assembleia Nacional continua a ser a voz viva e diversa do povo angolano.

