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Incidente em Jenin: Diplomatas alvos de tiros por tropas israelitas durante visita oficial

by REDAÇÃO

Durante uma visita oficial ao campo de refugiados de Jenin, na Cisjordânia, uma delegação composta por cerca de 25 diplomatas de países europeus, árabes e asiáticos foi surpreendida por disparos vindos de soldados israelitas. Embora não tenha havido feridos, o incidente provocou uma forte reação internacional e levantou sérias questões sobre segurança diplomática em zonas de conflito.

A visita da delegação tinha como objetivo avaliar a situação humanitária no terreno. Entre os presentes estavam representantes de países como Portugal, Brasil, Egito, Jordânia, França, Reino Unido, China, Japão, Índia, entre outros. A missão foi acompanhada por jornalistas e deslocava-se junto ao portão oriental do campo quando os tiros começaram.

De acordo com a Agência de Notícias Palestina Wafa, os disparos ocorreram enquanto o grupo se encontrava numa área controlada pelas forças israelitas. Vídeos divulgados na plataforma X (antigo Twitter) mostram o som dos tiros, que foram interpretados por autoridades palestinianas como uma tentativa de intimidação contra os diplomatas.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros Palestiniano classificou o episódio como uma violação grave da Convenção de Viena de 1961, que garante a proteção de missões diplomáticas. Em resposta, diversos países condenaram o incidente, incluindo Portugal, cujo embaixador estava presente na comitiva.

“Transmito toda a solidariedade ao nosso embaixador e serão tomadas as medidas diplomáticas adequadas”, afirmou Paulo Rangel, ministro dos Negócios Estrangeiros português, em comunicado oficial.

Em resposta às críticas, o exército israelita (IDF) alegou que os disparos foram “tiros de advertência para o ar”, e não ataques diretos. Segundo o comunicado, a delegação teria se desviado de uma rota previamente acordada, entrando numa área considerada zona de combate ativa. As forças israelitas afirmam que não estavam cientes da presença diplomática naquele momento.

“Pedimos desculpa pelo incómodo causado por este incidente”, afirma o comunicado emitido pela IDF.

O comandante da Divisão da Cisjordânia, Brigadeiro-General Yaki Dolph, ordenou uma investigação imediata sobre o caso. O chefe da Administração Civil, Brigadeiro Hisham Ibrahim, iniciou contatos diretos com os representantes dos países envolvidos para partilhar os resultados preliminares da investigação.

A Itália exigiu esclarecimentos formais, afirmando que ameaçar diplomatas é “inaceitável”. Portugal convocou o embaixador de Israel para prestar contas sobre o episódio, e a União Europeia também pediu explicações oficiais ao governo israelita.

“É essencial que todas as partes respeitem as convenções internacionais que protegem os representantes diplomáticos”, declarou uma fonte europeia em Bruxelas.


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