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Eleições em Portugal: MPLA vê derrota do PS como sinal de retrocesso democrático

by REDAÇÃO

A recente derrota do Partido Socialista (PS) nas eleições legislativas portuguesas tem gerado repercussões além das fronteiras de Portugal. Em Angola, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) manifestou preocupação com os desdobramentos políticos do pleito, classificando o resultado como um “retrocesso para a democracia” portuguesa.

Lusa

Durante a cerimônia de abertura do congresso de fundação do novo partido angolano PRA-JA Servir Angola, Mário Pinto de Andrade, secretário para a Reforma do Estado, Administração Pública e Autarquias do MPLA, comentou o cenário político português. Para ele, apesar do caráter competitivo e acirrado das eleições, a escolha popular sinalizou uma mudança preocupante.

“Os portugueses decidiram por um governo de maioria maior, um conceito novo no vocabulário político do país. No entanto, é lamentável ver o PS, um dos pilares da democracia portuguesa, perder força justamente no ano em que se celebram os 50 anos da democracia em Portugal”, declarou Andrade.

Ele destacou ainda que a vitória da direita sobre outras forças democráticas representa, na sua visão, uma involução nos avanços conquistados nas últimas décadas. Apesar disso, reconheceu o papel soberano do povo português no processo eleitoral.

A oposição angolana também se posicionou sobre o tema. Simão Dembo, vice-presidente da UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), afirmou que as eleições foram acompanhadas com atenção em Angola. Ele destacou o crescimento do partido Chega e a expressiva perda de representatividade do PS como pontos marcantes do pleito.

“O povo português fez a sua escolha e esperamos que o novo governo, liderado pela AD, atenda aos anseios da população”, afirmou Dembo.

Os resultados provisórios indicam a vitória da coligação AD (Aliança Democrática – formada por PSD e CDS), que obteve 89 deputados, incluindo os três eleitos nos Açores com o apoio do PPM. PS e Chega empataram com 58 cadeiras cada, revelando uma nova configuração no parlamento português.

A Iniciativa Liberal reforçou sua presença com nove deputados, enquanto o partido Livre subiu de quatro para seis representantes. Já a CDU perdeu um lugar, ficando com três parlamentares. O Bloco de Esquerda foi reduzido a uma única deputada e o PAN manteve sua posição com um representante. O JPP, da Madeira, também garantiu uma cadeira.

O cenário final ainda pode sofrer alterações com a contabilização dos votos dos eleitores portugueses no exterior, cujo resultado será divulgado no próximo dia 28 de maio.

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